6 junho 2025
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Thais de Campos Deixa “A Viagem”: Entenda os Motivos!

Thais de Campos, com 61 anos, comemora a sétima reprise da novela “A Viagem” (1994) pela TV Globo. A atriz reside em Portugal há 25 anos, onde fundou a primeira escola de televisão do país. Apesar de algumas participações em novelas brasileiras, como “Fina Estampa” (2011) e “Boogie Oogie” (2014), ela se concentra principalmente em seus projetos na Europa. Em uma entrevista, Thais discute a queda da audiência das produções atuais e compartilha um relato sobre assédio que vivenciou.

A mudança para Portugal ocorreu em um período anterior ao aumento significativo de brasileiros no país. Essa transição foi motivada pelo desejo de estabelecer a primeira escola de televisão em solo português. A atriz criou a instituição de teatro e cinema, chamada Arte 6, numa época em que o Brasil começava a exportar sua visão única por meio das novelas.

O cenário atual das novelas no Brasil é bem diferente. Thais observa que a paciência do público diminuiu e que a exibição de longas temporadas, com 200 capítulos, se torna desafiadora. Ela relaciona essa mudança ao surgimento do streaming, que tem impactado a forma como as pessoas consomem conteúdo, afastando-as do habitual momento familiar que antes envolvia o assistir às novelas.

Para enfrentar a crise da baixa audiência, Thais sugere que as produções devem se adaptar a essa nova realidade. Ela enfatiza a necessidade de criar formatos mais curtos, com conteúdo que dialogue diretamente com o público que consome principalmente em redes sociais. A dramaturgia, segundo ela, deve evoluir para formatos mais rápidos, como peças de cinco minutos.

A questão sobre se o problema reside no texto ou na atuação é complexa. Thais acredita que o sucesso de uma produção depende de uma combinação de fatores e que é essencial compreender as expectativas do público para comunicar-se de maneira eficaz. A mistura de formatos tradicionais de TV com as inovações do streaming, segundo ela, pode resultar em uma abordagem confusa.

Thais se opõe à ideia de escalar influenciadores para novelas. Ela ressalta que a arte deve ser tratada com seriedade e que a criação de conteúdo nas redes sociais pode não ter a profundidade necessária para a dramaturgia. A sua perspectiva é de que a arte tem o poder de transformar e curar sociedades, um impacto que ela argumenta ser frequentemente esquecida no contexto atual.

O notável sucesso de “A Viagem” em sua sétima reprise é atribuído a um conjunto de fatores positivos durante sua produção original, incluindo a abordagem de temas espirituais. Thais menciona a curiosidade que a novela desperta e o conforto que proporciona, refletindo uma necessidade de discutir a espiritualidade nos dias de hoje.

Sobre a falta de investimento em novelas espíritas por parte da Globo, Thais reflete que pode haver um receio de ofender o público evangélico. No entanto, ela aponta que esse público já possui a Record como uma opção que atende suas demandas, fazendo o que agrada aos seus telespectadores.

Os remakes são considerados um desafio por Thais, que destaca a dificuldade de ser fiel à obra original ao mesmo tempo em que se busca criar algo novo. Apesar dos pedidos para refazer “A Viagem”, a direção original nunca se interessou por essa ideia.

Em relação à sua transição para a direção, Thais expressa que o prazer em dirigir e ensinar é significativo. Ela busca influenciar positivamente os indivíduos com quem trabalha, mesmo durante sua carreira de atriz, reconhecendo a responsabilidade que um ator tem na vida das pessoas.

À distância, Thais evita se envolver em política, embora tenha recebido convites para cargos. Ela enfatiza que se envolver em questões políticas requer compromisso e um desejo de vencer, algo que considera desnecessário dado o atual estado da política.

Por fim, Thais discorre sobre a importância de abordar questões sobre machismo, especialmente nos bastidores da televisão. Embora reconheça a necessidade dessas conversas, ela alerta sobre a possibilidade de algumas mulheres se aproveitarem da situação. Em relação ao assédio, Thais menciona que já enfrentou situações desconfortáveis, mas reforça que não eram trocas explícitas, enfatizando a necessidade de um posicionamento firme contra esses comportamentos.

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