A Polícia Federal protocolou, no dia 4 de outubro, uma solicitação à sede da Interpol em Lyon, França, para que a deputada federal Carla Zambelli seja incluída na difusão vermelha da organização. O secretário-geral da Interpol é Valdecy Urquiza, que também faz parte da Polícia Federal. O pedido passará por uma análise da secretaria-geral, que utilizará como referência os critérios de admissibilidade da Interpol, incluindo a avaliação de possíveis motivações políticas, raciais ou de origem. Caso o pedido seja aprovado, as informações sobre Zambelli ficarão acessíveis para as forças policiais dos 196 países que compõem a organização.
A iniciativa da Polícia Federal fundamenta-se em uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou a prisão preventiva da deputada. Em sua deliberação, Moraes indicou que a parlamentar tentava evitar a aplicação da lei penal. Além disso, o ministro ordenou o bloqueio de passaportes relacionados a Zambelli. Ela foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão por sua envolvência na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A deputada informou, em 3 de outubro, que está fora do Brasil e planeja solicitar licença do cargo para residir na Europa, onde pretende denunciar o STF a lideranças da direita internacional. A execução da pena ainda não foi iniciada, uma vez que existem recursos pendentes. Ademais, Zambelli está sob investigação por um processo criminal no STF, relacionado a um incidente em que perseguiu um homem armado com uma pistola um dia antes do segundo turno das eleições em 2022.
