7 junho 2025
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Santander Designa Novo Executivo Interno para Cargo de Alexsandro Broedel

Diante do conflito judicial envolvendo Alexsandro Broedel e o Itaú, o Grupo Santander decidiu nomear um executivo de dentro da empresa para o cargo de chefe global de contabilidade. A escolha recaiu sobre Manuel Preto, que assume a posição no lugar de José Doncel.

Manuel Preto faz parte do Santander desde 1996, tendo exercido várias funções de liderança na unidade portuguesa e dentro do grupo. Desde 2019, ele acumulava as funções de vice-CEO, CFO e responsável pela estratégia do banco em Portugal. A expectativa é que Preto inicie suas atividades na nova posição a partir de 31 de julho, data em que serão divulgados os resultados do segundo trimestre.

O plano original do Santander era que Broedel assumisse o cargo ainda este ano. No entanto, devido ao desdobramento da disputa com o Itaú, o banco optou por seguir uma nova rota. Broedel foi anunciado como o novo chefe global de contabilidade logo após deixar o Itaú, mas não chegou a ocupar efetivamente o cargo, pois logo após foi acusado de fraude pelo seu ex-empregador.

Broedel mudou-se para a Espanha e estava trabalhando de maneira temporária no Santander. Com a nomeação de Preto, a incerteza sobre o futuro de Broedel aumenta. Informações de veículos de comunicação internacionais indicam que o Santander iniciou um processo interno em busca de um novo chefe global de contabilidade após desistir de Broedel.

O Itaú alega que Broedel e o contador Eliseu Martins, um dos principais profissionais de contabilidade do Brasil, são acusados de fraude após serem identificadas transferências de recursos entre eles. De acordo com o Itaú, Broedel contratava pareceres de Martins, mas não declarou que mantinha uma sociedade com o contador e que houve transferências financeiras entre ambos.

Em janeiro, o Itaú entrou com um processo solicitando a devolução de R$ 3,35 milhões que teriam sido repassados indevidamente de Martins para Broedel. Em março, foi movida uma nova ação requerendo R$ 6,645 milhões pelo não recebimento de pareceres contábeis.

Na última sexta-feira, 30 de maio, Martins chegou a um acordo judicial com o Itaú para encerrar as duas ações judiciais contra ele. No acordo, o contador concordou em pagar R$ 2,5 milhões. Anteriormente, Martins já havia restituído R$ 1,5 milhão à instituição.

Em uma declaração enviada à mídia, Martins destacou que no acordo fica esclarecido que atuou como parte de uma sociedade de fato, e não de direito, para a elaboração de pareceres contábeis e consultorias com Broedel, que prestou serviços a diversas empresas, incluindo o Itaú. Ele mencionou que, nesse modelo de sociedade, Martins ficava com 60% dos honorários e Broedel com os 40% restantes, além de afirmar que os serviços discutidos nas ações judiciais foram pagos pelo banco, sem conhecimento de qualquer pagamento indevido por serviços não prestados.

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