Atletas e treinadores que se deslocarão para os Estados Unidos a fim de participar de grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo, Olimpíadas e Mundiais de Clubes, terão autorização para entrar no país, apesar do decreto assinado pelo presidente Donald Trump, na quarta-feira, 4, que restringe a entrada de cidadãos de doze países.
O decreto, que entrará em vigor na próxima segunda-feira, impede a entrada de cidadãos provenientes do Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iémen nos Estados Unidos.
De 14 de junho a 13 de julho, os Estados Unidos sediarão o Mundial de Clubes, que contará com a participação de 32 equipes de várias partes do mundo, incluindo quatro times brasileiros: Fluminense, Flamengo, Botafogo e Palmeiras. Nos anos de 2026 e 2028, o país também será anfitrião da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.
Sem a exceção para atletas, o atacante iraniano Mehdi Taremi, que recentemente participou da final da Liga dos Campeões, não poderia entrar nos Estados Unidos. Além das restrições totais, cidadãos de sete outros países terão acesso limitado ao país: Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela.
Entretanto, o texto do decreto menciona que há isenções para “qualquer atleta ou membro de uma equipe esportiva, incluindo treinadores, pessoas que exercem funções de apoio necessárias e familiares próximos, que estejam viajando para a Copa do Mundo, Olimpíadas ou outro grande evento esportivo, conforme determinado pelo Secretário de Estado”.
Além dos atletas, também estarão isentos da nova medida portadores de Green Card; cidadãos americanos que possuem cidadania de qualquer um dos países proibidos; imigrantes de países afetados que buscam vistos via parentes com cidadania americana; iranianos que fogem de perseguição religiosa; refugiados que obtiveram asilo nos Estados Unidos; e afegãos que entraram no país sob um programa especial de visto, destinado a aqueles que ajudaram o governo americano durante as duas décadas de guerra após os ataques de 11 de setembro de 2001.