O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, manifestou críticas em relação às sentenças impostas aos condenados por tentativas de golpe ocorridas no dia 8 de janeiro. Durante uma entrevista ao programa Ponto de Vista, ele mencionou a situação de uma mulher, conhecida como a ‘mulher do batom’, Débora Rodrigues dos Santos, que escreveu a frase ‘Perdeu, mané’ em uma estátua localizada em frente ao tribunal durante uma manifestação.
Mello destacou que a condenação de 14 anos a Débora parece desproporcional. Ele observou que a utilização de batom como ferramenta para vandalizar a estátua da justiça, uma ação realizada em homenagem ao ministro Barroso, não justifica uma pena tão severa. O ex-ministro enfatizou que há algo de errado nessa situação.
Além disso, o ex-ministro expressou a opinião de que o relator do caso, Alexandre de Moraes, está aplicando penas que são inadequadas para os atos supostamente cometidos. Segundo Mello, as sanções aplicadas a indivíduos que participam de arruaças não deveriam se equiparar às penas previstas para crimes de maior gravidade, como homicídios ou latrocínios. Ele argumentou que a duração das penas, que chegam a 15, 16 ou 17 anos, se mostra excessiva e não condizente com a natureza dos delitos em questão.