Vários países europeus, incluindo Espanha, Irlanda e Noruega, já reconheceram o Estado palestino. Essa declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa com o chefe da diplomacia alemã e seu homólogo israelense, em Berlim.
O chefe da diplomacia alemã afirmou que reconhecer um Estado palestino “neste momento” enviaria um “sinal ruim”. Ele enfatizou que tal reconhecimento deve ocorrer após negociações entre Israel e os palestinos, antes que a Alemanha possa considerar essa ação. Essa é uma posição que o governo alemão também defende em diálogo com seus parceiros europeus.
A pressão internacional sobre Israel para que cesse a guerra em Gaza tem aumentado, especialmente após o ataque do grupo Hamas em 7 de outubro de 2023. O ministro das Relações Exteriores da Alemanha reiterou a seu homólogo israelense um pedido urgente para que haja autorização de ajuda humanitária a Gaza, sem restrições.
Além de enfatizar a necessidade de assistência humanitária, foi destacado que esse é um imperativo não apenas humanitário, mas também um assunto relacionado ao direito internacional. A posição de levantamento de assentamentos na Cisjordânia por parte do governo israelense foi criticada por violar o direito internacional. Por outro lado, o chanceler israelense ressaltou que Israel requer apoio da Alemanha em um contexto de múltiplos desafios, incluindo pressões militares, jurídicas, diplomáticas e econômicas.