O presidente dos Estados Unidos optou por não comentar sobre a situação envolvendo Elon Musk na última sexta-feira, após uma discussão pública entre os dois. A relação entre o presidente e o CEO da Tesla poderá gerar significativas implicações políticas e econômicas para o país.
Um funcionário da Casa Branca, que preferiu permanecer anônimo, declarou que “o presidente não planeja falar com Musk hoje”. Ademais, há consideração por parte de Trump em se desfazer do carro Tesla que adquiriu em março, um gesto simbólico que reflete a atual tensão entre os dois. O veículo permanece estacionado na Casa Branca, destacando a complexidade do relacionamento.
Trump ficou em silêncio durante dias, apesar das contas públicas de Musk em relação ao megaprojeto orçamentário do governo. No entanto, na quinta-feira, o presidente se manifestou de maneira contundente, rotulando Musk como “louco”, em contraste com chamá-lo anteriormente de “gênio”. Em uma postagem na rede social Truth Social, Trump expressou que a melhor forma de economizar no orçamento federal seria eliminar os subsídios e contratos atribuídos a Musk. O empresário, por sua vez, acusou o presidente de “ingratidão” e pediu por sua destituição.
Musk fez alegações infundadas de que o nome de Trump estaria relacionado a um processo envolvendo Jeffrey Epstein, indicativo de sua intenção de atacar a integridade do presidente. Apesar de ter ameaçado “desmantelar” a nave SpaceX Dragon, ele posteriormente voltou atrás, optando por não prosseguir com essa ameaça.
As ações da Tesla sofreram uma queda significativa no mercado, impactando a fortuna de Musk. Embora tenha havido uma leve recuperação na sexta-feira, o empresário, que mantém grandes contratos com o governo federal, se encontra em uma posição vulnerável, mas também com algumas vantagens.
Politicamente, Trump mantém um forte suporte entre seus seguidores, ao contrário da posição de Musk, que perdeu muito de seu prestígio. O Partido Republicano manifesta preocupação com a possível saída de um dos maiores doadores políticos dos EUA, especialmente a poucos meses das eleições de meio de mandato. Enquanto Musk cogitava fundar um novo partido, sua capacidade de se candidatar à presidência é limitada pela Constituição americana, que impede cidadãos naturalizados de ocuparem o cargo.