Os bombardeios em Teerã, realizados por Israel no domingo, dia 15, resultaram na morte de Mohammad Kazemi, que ocupava o cargo de chefe de Inteligência da Guarda Revolucionária do Irã, conforme reportado por uma agência de notícias iraniana. No dia 13, quando os ataques começaram, também foram registrados os óbitos de Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, e de Mohammad Bagheri, líder das Forças Armadas do Irã.
Na mesma tarde de domingo, Israel e Irã intensificaram seus ataques mútuos, com o governo iraniano disparando mais mísseis em direção a Tel Aviv e Jerusalém. Apesar dos alertas emitidos pelas forças israelenses, um míssil iraniano atingiu um edifício em Haifa, no norte de Israel, resultando em ferimentos em duas pessoas, conforme indicado pelos serviços de emergência locais.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou em entrevista que os ataques aéreos foram realizados com o objetivo de evitar um “holocausto nuclear”. Ele afirmou que havia informações de que o Irã possuía urânio enriquecido suficiente para fabricar até nove bombas e enfatizou a necessidade do governo israelense de prevenir essa catástrofe.
Além disso, fontes americanas relataram que Donald Trump teria barrado um plano israelense que visava a eliminação do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. O ex-presidente dos Estados Unidos também sugeriu a possibilidade de uma futura participação dos EUA no conflito, bem como um possível acordo entre Israel e Irã. O governo israelense, por sua vez, decidiu prorrogar o estado de emergência no país até o final de junho.
Dados da Associated Press apontam que os ataques israelenses resultaram em pelo menos 406 mortes e 654 feridos no Irã, embora o governo iraniano tenha contabilizado 224 mortos e Israel, 14. A Organização de Energia Atômica do Irã, por meio da rede social X, afirmou que o país continua comprometido com o avanço de sua tecnologia nuclear de forma pacífica e que os ataques inimigos são considerados “ineficazes”.