17 junho 2025
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Mercado Antecipando Selic a 14,75% por Seis Semanas Seguidas

De acordo com os dados divulgados pelo Banco Central, a mediana das previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 apresentou uma redução, passando de 5,44% para 5,25%. Essa informação foi revelada no Boletim Focus apresentado na última segunda-feira (16). A nova estimativa está 0,75 ponto percentual acima do teto da meta estipulada, que é de 4,5%. Entre as 115 projeções atualizadas nos últimos cinco dias, a mediana também apresentou uma pequena queda, de 5,34% para 5,24%. Para 2026, a previsão do mercado para o IPCA se manteve em 4,50%, tendo a mesma mediana nas 112 estimativas revisadas recentemente.

O Banco Central tem uma expectativa de IPCA de 4,8% para 2025 e 3,6% para 2026, conforme a trajetória que foi apresentada no comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) em maio. A projeção para o final do próximo ano é considerada o horizonte essencial do colegiado. Na última reunião, o comitê decidiu aumentar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, levando-a de 14,25% a 14,75%, nível mais alto desde julho de 2006. O Copom se reunirá novamente nesta semana, entre terça e quarta-feira, para revisar suas previsões de inflação.

A partir deste ano, a meta de inflação passa a ser contínua, sendo baseada no IPCA acumulado nos últimos 12 meses, com um centro de 3% e uma tolerância de 1,5 ponto percentual. Caso o IPCA ultrapasse esse intervalo por seis meses consecutivos, será considerado que o Banco Central não atingiu sua meta. Para a inflação de 2027, a mediana no Boletim Focus permaneceu em 4,0% pela 17ª semana consecutiva. Já a projeção para 2028 se manteve em 3,85%, ligeiramente superior aos 3,80% da semana anterior.

Em relação à cotação do dólar, a mediana das expectativas no relatório do Banco Central para o final de 2025 caiu de R$ 5,80 para R$ 5,77, sendo que, um mês antes, o valor estimado era de R$ 5,82. A previsão intermediária para 2026 também teve redução, passando de R$ 5,89 para R$ 5,80, em comparação ao relatório de quatro semanas atrás, que indicava R$ 5,90. A projeção para o dólar ao final de 2027 permaneceu em R$ 5,80 pela quinta semana consecutiva, enquanto a previsão para 2028 se manteve em R$ 5,80, após ter sido registrada em R$ 5,85 quatro semanas antes. A estimativa de câmbio baseia-se na média do valor do dólar em dezembro, ao contrário do que era feito anteriormente, que considerava o último dia útil de cada ano.

Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a mediana das expectativas de crescimento para 2025 aumentou, passando de 2,18% para 2,20%. Um mês atrás, a expectativa era de 2,02%. Para as 69 projeções mais recentes, a mediana manteve-se em 2,26%. O Comitê de Política Monetária indicou em sua ata de maio que a taxa de juros “significativamente contracionista” tem contribuído para a moderação do crescimento econômico, com a tendência de que esse efeito se intensifique nos próximos trimestres. Em março, o Banco Central havia reduzido sua projeção de crescimento do PIB de 2025, de 2,1% para 1,9%, com uma nova atualização esperada para ser divulgada em 26 de julho.

As expectativas intermediárias para o crescimento da economia brasileira em 2026 subiram de 1,81% para 1,83%, embora, entre as 67 projeções atualizadas nos últimos cinco dias, tenham caído de 1,83% para 1,81%. A mediana para o crescimento do PIB de 2027 permaneceu inalterada, em 2,0%, pela 11ª semana consecutiva, enquanto a estimativa de crescimento para 2028 se manteve estável, também em 2,0%, pela 66ª semana consecutiva.

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