O recesso coincide com um pedido de urgência que pode resultar na revogação do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que foi proposto pelo ministro da Fazenda.
Na última segunda-feira (16), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) manifestou insatisfação em relação a Fernando Haddad em sua conta no X, destacando que o ministro se afastou até o dia 22. Ferreira criticou não apenas as férias, mas questionou a eficácia do ministro no cargo, mencionando que o recesso se dá em um momento crucial para a votação do pedido de urgência.
No dia 11, Haddad participou de uma audiência pública nas comissões de Finanças e Tributação e na de Fiscalização Financeira e Controle, onde o aumento do IOF foi amplamente debatido. Durante a audiência, o ministro enfrentou críticas de Nikolas Ferreira e Carlos Jordy (PL-RJ), que se retiraram após uma troca de provocações. Haddad descreveu essa ação como “molecagem”.
Após a crítica do ministro, Ferreira e Jordy voltaram à sessão. Jordy expressou sua indignação, afirmando que Haddad deveria ser o criticado, pois o país enfrentava um déficit fiscal recorde. O clima acirrado levou o presidente da audiência, Rogério Correia (PT-MG), a encerrar a sessão, dispensando Haddad que foi alvo de gritos de “fujão” por parte da oposição.
Nas redes sociais, a polêmica continuou. Ferreira respondeu aos comentários de Haddad, enfatizando que não estava ausente do debate, mas que a cadeira do ministro é que estava vazia. A situação evidencia a tensão entre membros do governo e a oposição em ambiente legislativo.