O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou a jornalistas na segunda-feira (27) que a Microsoft está em conversações para adquirir o TikTok e expressou o desejo de ver uma disputa de lances pelo aplicativo. A empresa optou por não comentar sobre o assunto. Tanto o TikTok quanto a ByteDance não responderam imediatamente aos pedidos de comentários fora do horário comercial regular.
Trump mencionou que estava discutindo a compra do TikTok, afirmando que uma decisão sobre o futuro do aplicativo deverá ser tomada em 30 dias. O presidente já havia declarado anteriormente que poderia permitir que o bilionário Elon Musk adquirisse o aplicativo, caso ele tivesse interesse. Até o momento, Musk não se manifestou publicamente sobre essa proposta. O TikTok, que conta com aproximadamente 170 milhões de usuários nos EUA, teve sua operação suspensa brevemente antes da implementação de uma lei que exigia da ByteDance a venda do aplicativo por questões de segurança nacional, com a iminência de uma proibição prevista para 19 de janeiro. Ao assumir o cargo em 20 de janeiro, Trump assinou uma ordem executiva que buscava adiar em 75 dias a aplicação da referida lei.
Recentemente, a startup de inteligência artificial Perplexity AI fez uma proposta de fusão com o TikTok no último domingo (26), sugerindo que o governo dos EUA poderia receber até 50% da nova empresa resultante, conforme informações de uma fonte. Esta nova rodada de negociações representa a segunda vez que a Microsoft demonstrou interesse em adquirir o TikTok. Durante seu primeiro mandato, Trump ordenou que o TikTok se separasse da ByteDance nos Estados Unidos, mencioando preocupações relacionadas à segurança nacional. A Microsoft foi um dos principais concorrentes em 2020, mas as conversas não foram bem-sucedidas, e o movimento de desinvestimento de Trump foi encerrado poucos meses após ele deixar o cargo. O CEO da Microsoft, Satya Nadella, descreveu a negociação como “a situação mais estranha em que já estive envolvido”. Ele comentou em 2021 que o governo dos EUA tinha um “conjunto específico de exigências, que simplesmente desapareceu”.
