O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou na segunda-feira (27) sobre suas declarações feitas no final de semana, nas quais expressou o desejo de “limpar” Gaza. Ele se referiu aos mais de um milhão de palestinos residentes no enclave, afirmando que gostaria de vê-los em um local onde pudessem viver sem interferências, revoltas e violência. Durante o fim de semana, Trump chamou a atenção da mídia ao mencionar que teve uma conversa com o rei da Jordânia sobre a possibilidade de construir habitações e transferir palestinos de Gaza para países vizinhos, uma proposta incomum vinda de um presidente em exercício.
Cerca de 90% dos habitantes de Gaza se encontram deslocados, muitos sendo obrigados a se mudar diversas vezes, em algumas ocasiões mais de dez, de acordo com informações da ONU. Trump ressaltou: “Ao observar a Faixa de Gaza, é evidente que tem sido um lugar de sofrimento por muitos anos, e isso remete a várias civilizações que já se estabeleceram aqui, há milhares de anos.” Ele continuou, dizendo: “Sempre houve alguma forma de violência associada a essa região. Portanto, acredito que é possível fazer com que as pessoas vivam em ambientes muito mais seguros, talvez até melhores e mais confortáveis.”
Trump também mencionou que teve conversas com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, mas não revelou se Sisi possui uma posição sobre a aceitação de mais refugiados palestinos. “Eu adoraria que ele aceitasse alguns, pois já o ajudamos bastante, e tenho certeza de que ele pode nos apoiar, ele é um bom amigo”, afirmou Trump. “Ele se encontra em uma situação difícil no mundo, como se costuma dizer, é uma região complicada, mas creio que ele consegue lidar com isso”, acrescentou.
O presidente dos Estados Unidos ainda disse que planeja conversar “em um futuro próximo” com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que, segundo Trump, “virá aqui para se encontrar comigo”. Quando questioned sobre a data da visita de Netanyahu a Washington, Trump respondeu: “Em breve.”