sábado, fevereiro 1, 2025
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Equipe do governo russo chega à Síria para negociações

Uma delegação do governo da Rússia chegou a Damasco, a capital síria, pela primeira vez desde a queda do presidente Bashar al-Assad, que era um aliado de Moscou. A informação foi divulgada pela agência de notícias estatal russa TASS nessa terça-feira (28). O grupo, que se reunirá com os novos líderes sírios, é composto pelo vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov, e Alexander Lavrentiev, enviado especial do Kremlin para a Síria. A Rússia, que ofereceu refúgio a Assad, tem o objetivo de preservar suas duas bases no país: uma naval em Tartous e outra aérea em Hmeimim, localizada próxima à cidade portuária de Latakia.

O regime da família Assad foi deposto na Síria em 8 de dezembro, após 50 anos de controle, quando grupos rebeldes tomaram Damasco. O presidente Bashar al-Assad deixou o país e atualmente se encontra em Moscou após ter conseguido asilo, de acordo com fontes na Rússia. A guerra civil na Síria teve início durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o governo de Bashar al-Assad reprimiu um movimento em prol da democracia. O conflito se intensificou quando um grupo rebelde, conhecido como Exército Sírio Livre, foi criado para lutar contra as forças governamentais. Além disso, o grupo terrorista Estado Islâmico conseguiu fortalecer sua presença no país, chegando a controlar 70% do território sírio.

Os combates aumentaram à medida que diversas potências regionais e globais, como Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos e Rússia, se envolveram, tornando a guerra na Síria o que muitos analistas chamaram de uma “guerra por procuração”. A Rússia se uniu ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional com o mesmo propósito. Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito entrou em um período relativamente “adormecido”, caracterizado por pequenos confrontos entre os rebeldes e o regime de Assad. Mais de 300 mil civis perderam a vida durante mais de uma década de guerra, segundo a ONU, e milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas na região.

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