sábado, fevereiro 1, 2025
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Zelenskiy solicita apoio de Trump em defesa da justiça

Em uma conversa com a Fox News, na terça-feira (28), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, solicitou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que apoiasse a Ucrânia. “Gostaríamos que ele (Trump) estivesse do lado da justiça, apoiando a Ucrânia. Putin não teme a Europa”, afirmou Zelenskiy. Ele ressaltou que a Ucrânia não pode aceitar a ocupação russa, mas prefere chegar a uma solução através de negociações.

Zelenskiy também mencionou que Putin teme conversas e líderes firmes, preferindo prolongar o conflito. A Polônia acusou a Rússia de tentar influenciar as eleições presidenciais, enquanto Putin declarou que existem maneiras legais de se alcançar a paz, mas “não vemos um desejo” da parte ucraniana para isso. A Casa Branca não respondeu imediatamente.

A aliança entre os Estados Unidos e a Ucrânia é fundamental. Trump, que assumiu a presidência em 20 de janeiro, prometeu encerrar rapidamente a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, embora não tenha detalhado como pretende fazê-lo. Assessores insinuaram que qualquer acordo pode levar um bom tempo. Trump demonstrou abertura para dialogar com Putin sobre a resolução do conflito, o que se difere da postura da administração do ex-presidente Joe Biden, que não quis se encontrar com o líder russo.

Após a vitória eleitoral de Trump em novembro, surgiu a esperança de que uma resolução diplomática pudesse pôr fim à invasão da Ucrânia por Moscou, que começou em fevereiro de 2022. Contudo, essa situação também levantou preocupações em Kiev sobre a possibilidade de que um acordo rápido poderia ter severas consequências para a Ucrânia.

A guerra entre Rússia e Ucrânia teve início em fevereiro de 2022, com a invasão realizada por três frentes: a fronteira russa, a Crimeia e Belarus, um aliado forte do Kremlin. As forças leais a Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram defender Kiev, que também foi alvo de ataques. A invasão foi amplamente condenada e resultou em sanções econômicas contra o Kremlin por parte do Ocidente. Em outubro de 2024, após milhares de mortes, a guerra chegou a um ponto crítico, considerado pelos analistas como o mais arriscado até agora.

As tensões aumentaram quando Vladimir Putin autorizou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário em um ataque no território ucraniano. Esse projétil, que foi equipado com ogivas convencionais, possui a capacidade de transportar material nuclear. O disparo ocorreu após a Ucrânia realizar uma ofensiva dentro do território russo, utilizando armamentos fornecidos por nações ocidentais como Estados Unidos, Reino Unido e França. Há denúncias por parte da inteligência ocidental de que a Rússia está utilizando tropas da Coreia do Norte na guerra na Ucrânia, com Moscou e Pyongyang não confirmando nem negando essa informação.

Vladimir Putin, que trocou seu ministro da Defesa em maio, afirmou que as forças russas estão avançando de maneira mais eficaz e que a Rússia cumprirá todas suas metas na Ucrânia, mesmo sem fornecer detalhes específicos. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, expressou a crença de que os objetivos primordiais de Putin incluem a ocupação total da região de Donbass, que abrange as áreas de Donetsk e Luhansk, além da expulsão das tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, regiões que os ucranianos controlam desde agosto.

Após o início da invasão russa, os Estados Unidos, sob o governo Biden, comprometeram-se a fornecer mais de US$ 175 bilhões em ajuda à Ucrânia, dos quais mais de US$ 60 bilhões foram destinados a assistência de segurança. Porém, não havia garantias de que esse ritmo de ajuda se manteria se Trump assumisse a presidência.

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