segunda-feira, fevereiro 3, 2025
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CNI Envia Mensagem Clara ao Banco Central sobre Novas Medidas Econômicas

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alerta que um possível aumento na taxa básica de juros, a Selic, durante a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, prevista para esta quarta-feira, representaria um cenário já conhecido e preocupante para o país. Os agentes do mercado avaliam que a continuidade do ciclo de alta dos juros “ignoraria os esforços já empreendidos na política fiscal e na atividade econômica, resultando em consequências adversas para a geração de emprego e renda”, de acordo com a entidade.

Em seu posicionamento oficial, a CNI ressalta que diversos setores da economia estão a favor de um acordo nacional “em torno de metas fiscais e de políticas econômicas estruturantes, assegurando estímulos seletivos que promovam a continuidade dos investimentos, voltados à sustentabilidade do desenvolvimento econômico e social”. A confederação enfatiza que “persistir no aumento da Selic, especialmente com uma taxa já incorporando juros reais de aproximadamente 7%, faz com que o setor industrial adie investimentos cruciais para a modernização ou expansão de sua capacidade produtiva”.

A CNI argumenta que os “aspectos positivos” do cenário fiscal devem ser considerados de forma mais relevante. A entidade acredita que o pacote de redução de gastos proposto pelo governo federal e aprovado pelo Congresso Nacional no final do ano passado pode resultar em uma economia nas despesas primárias federais que chegue a até 70 bilhões de reais em 2025 e 2026.

“A pressão sobre as expectativas de inflação surgiu após uma desvalorização do real. Essa queda na moeda ocorreu em resposta a reações desmedidas em relação à qualidade do pacote fiscal do governo federal”, explica a confederação. Ela também acrescenta que, no nível atual de 12,25% ao ano, a CNI estima que a Selic está, pelo menos, 2,45 pontos percentuais acima da taxa de juros de equilíbrio, que seria de 9,80% ao ano, a qual é necessária tanto para conter a inflação quanto para mitigar os efeitos sobre o crescimento econômico.

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