Pelo menos 39 pessoas perderam a vida durante a peregrinação hindu de Kumbh Mela nesta quarta-feira, 29, na cidade de Prayagraj, no norte da Índia, de acordo com três fontes da polícia. Os corpos estão sendo transportados para a cremação no hospital Moti Lal Nehru Medical College, mas ainda não houve confirmação oficial do número de vítimas por parte do governo.
“Estamos recebendo mais corpos. Temos quase 40 aqui. Estamos fazendo a transferência para as famílias, um a um”, informou uma das fontes.
Um funcionário do governo local, Akanksha Rana, declarou que a confusão começou após o colapso de algumas barreiras de controle para o público.
Esse festival religioso, que ocorre a cada 12 anos, dura seis semanas e atrai milhões de pessoas que se banham na confluência dos rios Ganges, Yamuna e Saraswati, na busca pela purificação dos pecados e pela libertação do ciclo de reencarnações. A logística do evento é monumental, com uma infraestrutura que se assemelha à construção de uma cidade inteira.
Na edição deste ano, que acontece de 13 de janeiro a 26 de fevereiro, as autoridades locais esperam mais de 400 milhões de participantes. Se essas estimativas forem confirmadas, poderá ser registrada a maior reunião humana da história. Este dia, em particular, seria um dos mais sagrados do festival, com homens santos, vestidos de açafrão, liderando milhões em uma procissão ritual de banhos nas águas do Ganges e do Yamuna. No entanto, em consequência da tragédia, os organizadores solicitaram que os devotos evitassem as áreas de banhos.
“Solicitamos respeitosamente que todos os devotos evitem o local principal de banho”, afirmou um representante do festival. “Pedimos a colaboração de todos com a equipe de segurança.” Tragédias semelhantes são comuns em grandes eventos religiosos na Índia, frequentemente devido à gestão inadequada das multidões e à falta de segurança. Conscientes dos riscos de acidentes em massa, as autoridades policiais instalaram centenas de câmeras na área do festival e nas estradas que levam ao local, além de utilizarem drones para monitoramento aéreo.
