sábado, fevereiro 1, 2025
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Trump planeja ação para interromper financiamento…

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai assinar nesta quarta-feira, 29, uma ordem executiva que visa cortar os recursos federais destinados a escolas públicas que incluam em seu currículo temas como relações raciais, racismo, educação sexual e questões LGBTQIA+. A Casa Branca informou que o novo governo considera esses assuntos como parte de uma “ideologia radical de gênero” e “teoria racial crítica”, termos que a direita adota para se referir ao que vê como problemático no progressismo. A ordem determina que a secretária de Educação, atualmente ocupada interinamente por Denise Carter, elabore uma estratégia para o presidente em um prazo de 90 dias a fim de eliminar a “doutrinação nas escolas em todos os níveis de ensino”.

Durante sua campanha eleitoral, Trump prometeu modificar o Departamento de Educação e combater o que os conservadores denominam como “clima político de esquerda nas escolas”, o qual considera infectado, segundo suas próprias palavras e de membros do seu governo, pelo “vírus woke”. Ele chegou a mencionar a possibilidade de extinguir completamente o departamento, mas essa proposta necessitaria de aprovação tanto da Câmara quanto do Senado com uma supermaioria, algo que os republicanos não possuem atualmente em nenhuma das casas do Congresso. A demonização de tudo que é considerado woke, associando a questões válidas, como a inclusão de pessoas trans, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e as cotas para negros, constituiu um dos três pilares de sua campanha, ao lado de imigração e economia.

Simultaneamente, Trump também está prestes a assinar um outro decreto focado em estudantes internacionais que participaram das manifestações em apoio à Palestina que ocorreram nos campi universitários dos Estados Unidos ao longo de 2023 e 2024. A nova ordem executiva determina a suspensão dos vistos e a deportação de alunos estrangeiros que sejam considerados “simpatizantes do Hamas”. A medida solicita ainda uma ação imediata do Departamento de Justiça para coibir vandalismos e intimidações a favor do Hamas, além de investigar e punir o racismo contra judeus em instituições de ensino que sejam vistas como esquerdistas e antiamericanas, incluindo a remoção de “estrangeiros residentes que infrinjam nossas leis”.

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