O Senado dos Estados Unidos votou nesta quinta-feira (30) para aprovar a nomeação de Doug Burgum, ex-governador de Dakota do Norte, como o novo secretário do Departamento do Interior. Ele terá a responsabilidade de liderar a administração do presidente Donald Trump na aceleração de processos de autorização e na revisão de regulamentos que, segundo ele, “sobrecarregam indevidamente a produção e uso de energia, incluindo a mineração e o processamento de minerais não combustíveis”. Após assumir a presidência, Trump havia declarado uma “emergência energética nacional”, mesmo com os Estados Unidos alcançando sua maior produção de petróleo na história.
Durante sua audiência no Comitê de Energia e Recursos Naturais do Senado no início deste mês, Burgum elogiou a política de “domínio energético” de Trump, defendendo que o governo deveria “priorizar a inovação em vez de regulamentações”. O ex-governador se esforçou para tranquilizar os senadores do partido Democrata, afirmando que, se fosse confirmado, “respeitaria a lei e a Constituição”. Burgum havia concorrido para a presidência nas primárias republicanas de 2024 contra Trump, mas se absteve de críticas ao presidente durante essa disputa. Após a suspensão de sua campanha em dezembro passado, ele não demonstrou prontamente seu apoio a Trump e inicialmente declarou que não consideraria se juntar a ele como vice-presidente ou integrar seu futuro governo.
Na nova posição, Burgum, que já foi executivo da Microsoft, assumirá a liderança de uma agência responsável pela supervisão de recursos naturais, terras públicas e assuntos indígenas, atividade anteriormente conduzida pela Secretária Deb Haaland, a primeira mulher indígena a ocupar um cargo no gabinete. Além disso, ele presidirá o recém-criado Conselho de Energia Nacional, que, segundo Trump, incluirá todos os departamentos e agências envolvidos na permissão, produção, geração, distribuição, regulamentação e transporte de todas as formas de energia nos Estados Unidos, contando também com a participação de outros membros do gabinete, como Chris Wright, que está prestes a ser confirmado como secretário de energia.
