Richard Grenell, representante do presidente dos Estados Unidos em missões especiais, se reunirá com o líder da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta sexta-feira (31), conforme informou uma fonte à CNN. A pauta da reunião inclui a discussão sobre voos de deportação de imigrantes irregulares, entre outros assuntos. Os Estados Unidos frequentemente enfrentam dificuldades para repatriar venezuelanos devido à sua relação tensa com o país sul-americano. A administração de Trump avaliava implementar uma postura mais firme, que poderia incluir sanções para pressionar a questão.
A diplomacia norte-americana está se voltando para a América Latina no esforço de lidar com a imigração. Recentemente, o governo Trump revogou a proteção para imigrantes venezuelanos nos Estados Unidos. Além disso, a administração afirmou que Maduro estaria disposto a aceitar de volta imigrantes venezuelanos.
Está prevista a reunião para a tarde desta sexta-feira, e outros tópicos que devem ser abordados incluem os casos de vários cidadãos americanos detidos na Venezuela. O Departamento de Justiça dos EUA estava revisando essas situações na quinta-feira (30), segundo informações de uma fonte da CNN.
Os Estados Unidos reconheceram Edmundo González como o presidente eleito da Venezuela, e ele esteve presente na cerimônia de posse de Trump em 20 de janeiro. Segundo relatos das autoridades venezuelanas, Nicolás Maduro teria conquistado a vitória nas eleições presidenciais do país, embora detalhes sobre o processo não tenham sido divulgados. Organizações internacionais e diversas nações consideram que o pleito careceu de transparência e questionam os resultados.
González alertou a Casa Branca sobre a possibilidade de fechar um acordo com Maduro a respeito dos voos de deportação, defendendo a ideia de que os deportados deveriam ser enviados a um outro país. Em 2019, a administração Trump formou uma coalizão de mais de 50 nações que reconheceram Juan Guaidó, então presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, como o legítimo chefe de Estado do país, um fato que Maduro frequentemente menciona em seus discursos.
Vários membros do gabinete republicano, entre eles o conselheiro de segurança nacional Mike Waltz, têm criticado Maduro nos últimos anos. Ademais, Trump fez referência ao Tren de Aragua, uma gangue criminosa originada em uma prisão na Venezuela, nos primeiros dias de seu segundo mandato. Entre as ações executivas assinadas por Trump logo no início de seu mandato, estava a recomendação ao Departamento de Estado para iniciar o processo de designação do Tren de Aragua como uma organização terrorista estrangeira.
