sábado, fevereiro 1, 2025
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Rússia intensifica ataque a cidade na Ucrânia e avança

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, observa enquanto as forças russas avançam lentamente em direção a Pokrovsk, uma cidade de grande importância estratégica no leste da Ucrânia. A análise de uma agência de notícias indica que, com as principais rodovias e ferrovias ameaçadas, a perda de Pokrovsk significaria um sério golpe na defesa ucraniana, possibilitando novos avanços russos na região.

Situada na região de Donetsk, Pokrovsk já abrigou cerca de 60 mil habitantes, mas hoje conta com apenas 7 mil, uma vez que a constante violência e a iminência de um cerco total têm levado os moradores a deixar a cidade. Este local é crucial na cadeia de suprimentos das forças ucranianas, pois conecta pontos estratégicos como Chasiv Yar e Kostiantynivka, e possui grande importância militar devido à presença de uma mina de carvão fundamental para a indústria siderúrgica do país.

Se Pokrovsk for tomada, a Rússia conquistará uma posição vantajosa para isolar zonas controladas por Kiev, dificultando assim o transporte de recursos e tropas ao longo da linha de frente. Outrossim, a cidade é vista como a principal entrada para Donetsk, uma região que Moscou considera parte do seu território desde a anexação em 2022.

Diferentemente de estratégias anteriores, que eram caracterizadas por ataques diretos e intensos combates urbanos, as forças russas agora se organizam para cercar Pokrovsk, atuando em movimentos de pinça a partir do sudeste e sudoeste. Ao conquistar várias aldeias no sul da cidade, Moscou pretende interromper as principais rotas de suprimento e forçar uma retirada das tropas ucranianas sem precisar se envolver em longas batalhas dentro da cidade.

Em resposta ao avanço das forças russas, o governo de Kyiv decidiu mudar a liderança na frente oriental, trocando o brigadeiro-general Andriy Hnatov pelo major-general Mykhailo Drapatyi, um comandante respeitado entre os militares. Contudo, a Ucrânia enfrenta um desafio ainda maior: a escassez de efetivos. Com a dificuldade para recrutar novos soldados e o aumento do número de deserções, torna-se cada vez mais complicado manter as linhas de defesa firmes.

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