Crianças palestinas afetadas por doenças e ferimentos sairão de Gaza para receber tratamento médico neste sábado (1º), informou um funcionário do Ministério da Saúde de Gaza. Munir Al-Barash, diretor geral da pasta, confirmou que 50 crianças foram autorizadas a deixar o Hospital Nasser em Khan Yunis e o Hospital Al-Shifa na cidade de Gaza. Algumas delas estão enfrentando câncer ou doenças hematológicas, acrescentou ele. “Enviamos 400 nomes de crianças doentes para a Organização Mundial da Saúde”, revelou.
Após a liberação de três reféns pelo Hamas, Israel decidiu libertar prisioneiros palestinos. O presidente francês expressou um “imenso alívio” com a soltura de um refém, enquanto o terceiro refém libertado chegou a Israel. A transferência de palestinos feridos e doentes para tratamento médico essencial faz parte de um acordo mais amplo relacionado à troca de reféns e ao cessar-fogo assinado em janeiro entre Israel e o Hamas.
Desde 2023, Israel tem realizado intensos bombardeios na Faixa de Gaza, em resposta à invasão do Hamas que resultou na morte de aproximadamente 1.200 pessoas, segundo fontes israelenses. Além disso, o Hamas mantém dezenas de reféns. O grupo não reconhece Israel como um Estado e reivindica parte do território israelense para a Palestina. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reiterou em várias ocasiões sua intenção de eliminar as capacidades militares do Hamas e garantir a libertação dos sequestrados em Gaza.
Além dos ataques aéreos, o Exército de Israel também tem realizado operações terrestres dentro do território palestino, levando a um grande deslocamento da população de Gaza. A ONU e diversas organizações humanitárias têm emitido alertas sobre uma crise humanitária grave na região, destacando a escassez de alimentos, medicamentos e a proliferação de doenças.