domingo, fevereiro 2, 2025
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Fraude em Cursos de Saúde: Mulheres Acusadas de Lesões Cobram Até R$ 18 Mil

Um caso de uma falsa biomédica em Porto Alegre está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Maria Ana, acusada de se fazer passar por biomédica, supostamente realizou procedimentos estéticos sem a qualificação adequada, o que resultou em lesões em várias pacientes. A situação foi revelada após denúncias de vítimas que relataram dores intensas e queimaduras. Nas plataformas de redes sociais, Maria Ana se apresentava como profissional, oferecendo serviços estéticos e dando orientações a outros colegas da área. Entretanto, seu nome não aparece nos registros do órgão competente da biomedicina.

As vítimas formalizaram queixas no 14º Distrito Policial de Porto Alegre. Uma mulher relatou ter sofrido lesões graves, quase resultando em cegueira, após um tratamento feito pela falsa biomédica. Apesar da gravidade da situação, a vítima manifesta receio em depor, já que depende financeiramente da clínica onde os procedimentos eram realizados. A Polícia Civil está a par do caso e procura por outras possíveis vítimas. A delegada responsável, Luciana Smith, confirmou que três queixas já foram registradas, e o inquérito segue em andamento com a oitiva de testemunhas.

Uma reportagem revelou que o ex-marido da acusada conversou sobre o esquema e a fuga de Maria Ana para Minas Gerais, levando consigo o filho do casal. Ele mencionou ter descoberto a fraude e preenchido um boletim de ocorrência. O ex-marido também destacou que não vê o filho desde 13 de setembro, em função de uma disputa pela guarda da criança. Uma fonte que trabalhou no Instituto Lari Venâncio, onde Maria Ana oferecia cursos, revelou que as palestras dela eram cobradas a exorbitantes R$ 18 mil. Além do Instituto, ela também atendia na Clínica Prime, que possui unidades em São Paulo e Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.

A reportagem procurou o Conselho Federal de Biomedicina e a Clínica Prime para obter um comentário sobre a situação, mas não recebeu resposta até o presente momento. Tentativas de contato com a defesa de Maria Ana também não foram bem-sucedidas, e o espaço para manifestação permanece aberto. O Instituto Lari Venâncio, através de seu representante legal, informou que Maria Ana havia tentado enganar a instituição utilizando documentos falsos pelo Whatsapp. Ao descobrir a fraude, o Instituto registrou um boletim de ocorrência, se tornando, assim, uma das várias vítimas prejudicadas pela falsa biomédica.

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