domingo, fevereiro 2, 2025
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Ministros do G7 criticam ataques do M23 na RD Congo

Os ministros das Relações Exteriores do G7 expressaram forte reprovação, neste sábado (1º), em relação à ofensiva do grupo armado M23, que recebe apoio de Ruanda, na região leste da República Democrática do Congo. Eles reafirmaram a necessidade de que o M23 e as Forças de Defesa de Ruanda interrompam suas ações militares. Em uma declaração divulgada pelo Canadá, que atualmente preside o grupo, os chefes das pastas estrangeiras mostraram-se especialmente alarmados com a tomada das cidades de Minova, Sake e Goma, solicitando veementemente que todas as partes envolvidas garantam a proteção dos civis. “Essa ofensiva representa uma clara violação da soberania e da integridade territorial da RDC”, afirmaram os ministros, ressaltando o significativo aumento no número de civis deslocados e o agravamento das condições humanitárias na região.

O M23 refere-se a um acordo estabelecido em 23 de março de 2009, que pôs fim a uma rebelião liderada por tutsis no leste da República Democrática do Congo. Este grupo de rebeldes, composto por integrantes étnicos tutsis, se opôs ao governo da RDC, iniciando sua atual revolta em 2022. O M23 acusa o governo congolelo de não cumprir integralmente o acordo de paz e de não ter incorporado adequadamente os tutsis congoleses nas forças armadas e na administração do país. O grupo também se compromete a proteger os interesses dos tutsis, especialmente contra milícias hutus, como as Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda (FDLR), formadas por hutus que se refugiaram em consequência do genocídio de 1994, que resultou na morte de quase um milhão de tutsis e hutus moderados.

A chamada agenda de libertação do M23 tem sido marcada por uma longa lista de supostas violações de direitos humanos, com o grupo de defesa Human Rights Watch caracterizando, em 2023, suas ações como “crimes de guerra contra civis” em Kivu do Norte. O M23 tem negado repetidamente essas alegações.

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