O dólar iniciou a semana em alta nesta segunda-feira (3), cotado a R$ 5,892, um aumento de 0,96% em relação ao dia anterior. Até o momento, a moeda norte-americana alcançou sua máxima da sessão. Em contraste, a Bolsa de Valores registrou uma queda de 0,31%, atingindo 125.734 pontos. Na última sexta-feira (31), a cotação do dólar fechou a R$ 5,835, resultando em uma desvalorização acumulada de 5,31% ao longo do mês de janeiro. O governo dos Estados Unidos anunciou novas tarifas sobre produtos importados do Canadá, México e China.
As tarifas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos incluem um aumento de 25% sobre todas as importações do Canadá e do México, exceto para produtos de petróleo e energia do Canadá, que terão uma tarifa de 10%. Para os produtos provenientes da China, a tarifa estabelecida será de 10%, em adição às taxas já existentes. Essas novas medidas tarifárias entrarão em vigor a partir desta terça-feira (4) e contêm uma cláusula destinada a evitar possíveis retaliações.
Em resposta a essas medidas, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, declarou a implementação de tarifas de 25% sobre uma variedade de produtos americanos, incluindo cervejas, vinhos, uísque, frutas e vestuário. A China, por sua vez, planeja contestar as tarifas na Organização Mundial do Comércio (OMC), argumentando que elas violam as normas do comércio internacional. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, também indicou a possibilidade de estabelecer tarifas retaliatórias.
Analistas alertam que as ações do governo norte-americano podem desencadear uma “guerra comercial”, o que poderia ter impactos significativos no comércio global, elevando custos e gerando uma onda de retaliações. Além disso, a imposição dessas tarifas pode resultar em um aumento da inflação nos Estados Unidos, com previsões apontando para índices que poderão ultrapassar os 3%. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, comentou que ainda é cedo para avaliar as repercussões das novas políticas comerciais adotadas.