segunda-feira, fevereiro 3, 2025
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POLICIAIS DETIDOS ACUSAM DELATOR DO PCC DE SER PSICOPATA E MENTIROSO

Agentes da Polícia Civil de São Paulo, detidos em dezembro de 2024 pela Polícia Federal, relataram durante investigações que Vinicius Gritzbach era uma pessoa descrita como “muito astuta”, “inteligente” e com características de “psicopata”. Essas declarações surgem em uma investigação da PF, que analisa os depoimentos dos policiais que foram delatados por Gritzbach, que foi assassinado em novembro de 2023 no Aeroporto Internacional de Guarulhos. As informações foram divulgadas por um programa de reportagem da Rede Globo.

De acordo com as investigações da PF, os policiais delatados mantinham uma relação conturbada com Gritzbach, conforme relato feito ao Ministério Público de São Paulo. Entre os envolvidos, cinco policiais civis, incluindo o delegado Fabio Baena, tinham vínculos com empresários e um advogado associados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A apuração revelou que esses agentes de segurança ostentavam um estilo de vida que não condizia com seus salários de servidores públicos.

Um dos agentes, conhecido como Marcelo Marques de Souza, declarou que nunca teve contato direto com Gritzbach. Ele descreveu o empresário como alguém que se afastava de pessoas comuns do bairro em que vivia. Marcelo se qualificou como “humilde e trabalhador”, no entanto, a investigação da PF destacou movimentações de R$ 34 milhões na conta de um suposto laranja seu, apesar de seu salário de R$ 12 mil. Ele mencionou que cerca de R$ 680 mil foram encontrados em sua residência e afirmou que a quantia provenha de um amigo empresário, alegando não saber o valor exato.

Outro policial civil, identificado como Eduardo Monteiro, que era próximo do delegado Baena, teria se comunicado com integrantes do PCC em 2022 para tratar de um “acerto” após a prisão de Gritzbach, segundo declaração do Ministério Público. Durante seu depoimento, Monteiro se referiu a Gritzbach como um “psicopata”, alegando ter 28 anos de experiência na polícia e caracterizando o empresário como um “criminoso articulado” que tentava desviar as investigações.

Em sua delação, Gritzbach revelou que o delegado Fabio Baena havia solicitado R$ 30 milhões para encerrar uma investigação relacionada a homicídio que o implicava. Baena, em sua defesa, mencionou ter sido ameaçado por Gritzbach e expressou preocupação com a segurança de sua família. Ao todo, 26 indivíduos, incluindo 22 policiais, foram detidos pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento na morte de Vinicius Gritzbach.

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