O vice-prefeito de São Paulo, Mello Araújo, enfrentou manifestações de moradores do Jardim Pantanal, localizado na zona Leste da cidade, nesta segunda-feira. A comunidade expressou insatisfação com a recorrência de alagamentos na região, que tem gerado sérios transtornos à população.
O prefeito Ricardo Nunes declarou que obras de drenagem e contenção do rio Tietê, com o intuito de resolver os alagamentos no Jardim Pantanal, não são consideradas uma solução viável. Em vez disso, a proposta em discussão é a remoção a longo prazo dos moradores da área afetada. Para facilitar essa realocação, a administração municipal estuda a possibilidade de oferecer assistência financeira, que pode variar de R$ 20 mil a R$ 50 mil, dependendo da condição da residência.
Imagens aéreas da Barragem da Penha, no Rio Tietê, foram divulgadas pelo ex-vereador Adriano Santos, que destacou um acúmulo de água no local. Segundo o ex-parlamentar, a responsabilidade pelo controle do fluxo hídrico recai sobre o governo atual, e a retenção de água estaria contribuindo para os alagamentos em áreas como o Jardim Pantanal e o Jardim Helena. Por outro lado, a gestão de Tarcísio de Freitas alega que o fechamento das comportas da Barragem da Penha não está relacionado aos alagamentos nos bairros vizinhos.
A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo informou que elementos naturais podem interferir no fluxo das águas. Isso implica que não existe correlação entre o fechamento da barragem da Penha e as inundações nos bairros afetados. A administração municipal esclarece que as comportas são mantidas abertas até que o nível do rio atinja 720 metros de altura; a partir desse ponto, as comportas são fechadas para evitar maiores riscos.
