Alicia Dudy Muller Veiga, estudante de medicina da Universidade de São Paulo (USP), obteve seu registro profissional em dezembro do ano passado, apesar de ser ré em um caso de desvio de quase R$ 1 milhão vinculado à festa de formatura. O advogado dela, Sergio Stocco, afirma que todos os requisitos legais exigidos pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) foram cumpridos, enquanto o processo criminal ainda está em trâmite.
Em julho do ano anterior, Alicia foi condenada por estelionato. O Cremesp corroborou que a concessão do registro seguiu as normas estabelecidas, já que a USP outorgou seu diploma sem restrições. O Conselho Federal de Medicina (CFM) salientou que, caso irregularidades no exercício da profissão sejam constatadas, o Cremesp terá a responsabilidade de conduzir uma investigação.
Os desvios financeiros foram revelados em janeiro de 2023, quando Alicia afirmou que parte do valor desviado teria sido aplicada em uma corretora, alegando ser uma vítima de um golpe. Investigações subsequentes mostraram que ela transferiu quantias do fundo da formatura para suas contas pessoais, utilizando esses recursos para despesas pessoais. Cada uma dessas transferências pode ser classificada como crime, com penas que podem totalizar até 36 anos de reclusão. Após a investigação, a empresa responsável pela organização da festa assumiu o compromisso de reparar o prejuízo de R$ 920 mil, assegurando que o evento fosse realizado sem custos adicionais aos formandos.
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