terça-feira, fevereiro 4, 2025
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TARIFAS DE TRUMP PODERÃO IMPACTAR A GEOPOLÍTICA, ALERTAM ESPECIALISTAS

A abordagem adotada pelo presidente dos Estados Unidos em relação à política comercial tem potencial para impactar significativamente as dinâmicas políticas e econômicas globais, conforme indicam análises recentes. Especialistas alertam que ao ameaçar relações comerciais com a União Europeia, México, Canadá e China, a administração norte-americana está colocando em risco cerca de 50% da balança comercial dos Estados Unidos.

Recentemente, foi anunciada uma “pausa” nas tarifas sobre o Canadá por um período de 30 dias, além da assinatura de uma ordem executiva que suspende tarifas ao México. Esses movimentos sinalizam um período de incertezas no cenário comercial. Em contraposição, o Quênia abriu seu mercado para carne bovina e miúdos do Brasil, o que pode refletir novas oportunidades para o comércio internacional.

Analistas também identificam uma possível abertura para o Brasil. De acordo com especialistas, o Brasil pode se beneficiar da imposição de tarifas sobre produtos do México e do Canadá ao promover itens nos quais possui competitividade. Esse cenário, segundo especialistas, representa um impacto considerável nas cadeias de suprimentos, sendo particularmente prejudicial para a América do Norte.

O economista Marcos Jank destaca a crescente rivalidade entre as duas principais economias mundiais, alertando que disputas comerciais podem reverberar globalmente. Ele observa que a China tem se preparado para esses desafios ao diversificar suas exportações e estreitar laços com diversas nações na América Latina, África e Ásia. A postura mais rígida dos Estados Unidos em relação a seus aliados pode abrir novas oportunidades para a China em termos comerciais.

Adicionalmente, Jank menciona que a tensão comercial entre Estados Unidos e China pode favorecer o Brasil, principalmente no setor agropecuário e mineral, uma vez que o país já é um grande fornecedor para o mercado chinês. Essa relação tem potencial para se expandir ainda mais em decorrência das mudanças nas políticas comerciais.

Outro especialista, Gunther Rudzit, professor de relações internacionais, aponta que a China é percebida como uma ameaça estratégica nos Estados Unidos, levando a um cenário de contenção. Ele alerta que qualquer retaliação iniciada por parte dos EUA pode resultar em uma competição acirrada, e prevê que o embate comercial entre essas potências não deve se resolver a curto prazo.

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