O dólar fechou a terça-feira (4) cotado a R$ 5,7719, marcando o menor valor da moeda desde 18 de novembro, quando encerrou em R$ 5,75. Durante o dia, a moeda chegou a atingir a marca de R$ 5,75. Com esse resultado, o real apresenta uma valorização superior a 6% no ano, após ter superado a barreira dos R$ 6 em meses recentes. Diante dessa sequência de quedas, surge a indagação: este é um momento favorável para a aquisição de dólares para férias?
A orientação dada é que a compra da moeda estrangeira deve estar devidamente alinhada ao planejamento da viagem. É essencial que o viajante realize estimativas dos gastos, para que, após a conversão necessária, tenha uma ideia clara do custos finais, possibilitando a compra da moeda de forma consciente. Essa análise serve para evitar especulações acerca do momento mais adequado para a compra, especialmente em um cenário de volatilidade cambial.
Entretanto, alguns analistas enxergam a volatilidade do câmbio como uma oportunidade para quem planeja viajar no meio do ano. Profissionais do setor financeiro sugere que este pode ser um bom período para considerar a compra de dólares, aproveitando a cotação atual mais baixa. É importante ressaltar, porém, que essa melhora na taxa de câmbio pode ser temporária.
No último ano, o real se destacou como uma das moedas que mais perdeu valor globalmente, apresentando uma alta de 27% na cotação do dólar no Brasil. A maior parte dessa depreciacão ocorreu em dezembro, após a divulgação de um pacote fiscal pelo governo que gerou preocupação no mercado financeiro.
Além da desvalorização do real, outras moedas também enfrentaram dificuldades em circunstâncias similares, influenciadas por incertezas referente à política econômica americana sob a administração de Donald Trump. Durante sua campanha, Trump indicou estratégias protecionistas que poderiam elevar tarifas de importação, o que poderia acarretar um aumento da inflação e dos juros nos Estados Unidos.
No entanto, Trump adiou a implementação de algumas taxações que havia prometido e adotou uma abordagem mais conciliatória em relação à China, levando o mercado a rever suas expectativas. Em geral, especialistas afirmam que, uma vez superado o atual período de incertezas geradas pela guerra comercial, a tendência é que o dólar volte a subir.
Ainda, indicadores econômicos, como o boletim Focus, que coleta previsões de economists em relação ao mercado brasileiro, apontam uma taxa de câmbio esperada de R$ 6 para o final deste ano. Especialistas sugerem que, atualmente, a cotação é bastante atraente, e a recomendação é para que a compra de dólares seja feita gradualmente, de modo a possibilitar uma média mais adequada ao longo do tempo, em vez de concentrar a aquisição apenas próximo das viagens.
