Em dezembro de 2024, a produção industrial no Brasil apresentou uma diminuição de 0,3%, o que representa o terceiro mês consecutivo de resultados negativos. Os dados foram coletados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE. Apesar da produção estar 1,3% acima dos índices registrados antes da pandemia, em fevereiro de 2020, ainda se encontra 15,6% abaixo do pico alcançado em maio de 2011. As principais quedas foram notadas nos setores de máquinas e equipamentos, com uma diminuição de 3,0%, e nos produtos de borracha e plástico, que tiveram uma redução de 2,5%. Em contraste, setores como as indústrias extrativas e de bebidas mostraram crescimento.
No acumulado do ano de 2024, a indústria brasileira apresentou um aumento de 3,1%, sendo este um dos melhores desempenhos em 15 anos. Esse crescimento foi impulsionado por fatores como a criação de empregos, a redução da taxa de desocupação e o aumento do consumo das famílias. Os segmentos que mais contribuíram para esse resultado positivo foram os veículos automotores, que cresceram 12,5%, equipamentos de informática, com um aumento de 14,7%, e produtos químicos, que tiveram uma elevação de 3,3%.
Apesar do desempenho favorável ao longo do ano, os últimos três meses de 2024 mostraram uma queda acumulada de 1,2%. Essa desaceleração é atribuída à diminuição da confiança de consumidores e empresários, além do aumento das taxas de juros e da inflação, que afetaram negativamente o consumo. O índice de média móvel trimestral da indústria ficou em -0,4% no trimestre encerrado em dezembro de 2024. O segmento de bens de consumo semi e não duráveis foi o mais impactado, apresentando uma queda de 1,8%. Em contraste, o setor de bens intermediários conseguiu um leve crescimento de 0,2%, indicando uma certa resiliência em meio às dificuldades atuais. A próxima atualização sobre a produção industrial está prevista para ser divulgada em 11 de março de 2025.