O Ministério Público Eleitoral solicitou, em 5 de outubro, a inelegibilidade de Pablo Marçal, ex-candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo e coach, durante o andamento de uma ação que apura a suposta organização de uma rede de seguidores pagos para promover suas publicações durante a campanha. Este é apenas um dos diversos problemas jurídicos enfrentados por Marçal resultantes de sua participação na eleição do ano anterior.
O Promotor Eleitoral Fabiano Augusti Petean relatou que Marçal admitiu os atos ilegais dos quais é acusado, porém classificou-os como infrações menores. O promotor discorda dessa avaliação, afirmando que essas infrações poderiam ser consideradas menos graves caso o investigado tivesse demonstrado transparência em suas contas e detalhado o fluxo de recursos utilizados para os atos confessados, o que não ocorreu.
Petean reforçou que o abuso de poder econômico por parte de Marçal é evidente, solicitando a declaração de inelegibilidade. Ele defendeu que os argumentos apresentados pelo investigado não se sustentam, solicitando ao juiz que acolha o pedido inicial e reconheça o abuso do poder econômico que, segundo ele, foi gerado por Marçal nas eleições de 2024. Assim, pediu que o pedido de inelegibilidade fosse aceito com base nos fatos apresentados e conforme a legislação pertinente.
A decisão referente a este caso deverá ser proferida em breve. Essa ação é uma entre muitas outras que podem comprometer as intenções políticas futuras de Marçal. De acordo com a Lei da Ficha Limpa, uma pessoa condenada por um órgão colegiado ficará inelegível por um período de 8 anos. No contexto de investigação, Marçal também é alvo de apuração por ter divulgado um laudo falso contra Guilherme Boulos (PSOL) na véspera do primeiro turno das eleições e por suposta lavagem de dinheiro durante sua campanha presidencial de 2022, além de enfrentar mais de duzentas ações judiciais envolvendo solicitações de resposta e indenizações.
Recentemente, após o cantor Gusttavo Lima manifestar interesse em se candidatar à presidência do Brasil em 2026, Marçal também expressou suas intenções de se lançar como candidato. Ele viajou para os Estados Unidos para a posse do republicano Donald Trump e, em suas declarações, afirmou ter estado ao lado do presidente, embora a fotografia compartilhada por Marçal fosse de uma ocasião anterior.
