O Telescópio Espacial Hubble detectou uma galáxia massiva que, após o impacto com uma anã azul significativamente menor, apresentou a formação de seis anéis visíveis, os quais não haviam sido observados antes da colisão. Este sistema foi denominado Bullseye e valida a teoria astronômica que sugere que tais formações ao redor de galáxias tendem a se expandir. Para verificar a presença dos anéis, além dos dados obtidos pelo Hubble, foram utilizadas imagens do observatório WM Keck, localizado no Havaí.
A combinação das observações realizadas por ambos os telescópios resultou na identificação da anã azul que se inseriu no núcleo do Bullseye, a qual pode ser vista à esquerda do centro da galáxia maior. De acordo com o estudo publicado na revista The Astrophysical Journal Letters, a pequena galáxia percorreu aproximadamente 50 milhões de anos antes de colidir e originar os novos anéis do sistema maior. Embora os anéis pareçam interligados pelo gás em seus arredores, na realidade, as duas galáxias estão separadas por uma distância de 130.000 anos-luz.
Os dados coletados por meio do Keck e do Hubble servirão para investigar quais estrelas existiam antes e após a colisão galáctica, com o objetivo de aprimorar os modelos atuais que descrevem a evolução desses sistemas. A galáxia LEDA 1313424, conhecida como Bullseye, possui um tamanho equivalente a duas vezes e meia a da Via Láctea, apresentando nove anéis, sendo seis deles adicionais em comparação a qualquer outra galáxia já registrada.