quinta-feira, fevereiro 6, 2025
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DÓLAR TERMINA EM R$ 5,79 APÓS 12 DIAS DE BAIXA; IBOVESPA REGISTRA ALTA DE 0,31% ALCANÇANDO 125,5 MIL PONTOS

A moeda norte-americana encerrou o pregão de quarta-feira (5) apresentando uma alta de 0,38%, cotada a R$ 5,7942. Este movimento interrompeu uma sequência de doze sessões em baixa frente ao real. O dólar abriu a sessão em queda de 0,16%, a R$ 5,7633, mas atingiu uma máxima de R$ 5,8179 durante o dia, influenciado por notícias relacionadas a disputas tarifárias envolvendo os Estados Unidos.

Apesar da alta observada nesta quarta-feira, a cotação da moeda americana ainda mostra um recuo semanal de 0,73% e, no acumulado do ano, apresenta uma desvalorização de 6,25%. Em comparação ao encerramento de 2024, quando houve um aumento de 27,34% no preço, os fatores que influenciaram incluíram a queda nos preços das commodities, especialmente do petróleo, além da perda de impulso das moedas latino-americanas, resultando em ajustes técnicos no mercado interno.

O índice Ibovespa, por sua vez, teve uma leve recuperação, subindo 0,31% e alcançando 125.534,07 pontos, após três sessões de queda. O desempenho positivo das ações da Vale, com um aumento de 0,54%, e especialmente dos principais bancos, destacando-se o Santander, que subiu 6,20% após a divulgação de seu balanço trimestral, contribuíram para o avanço do índice da B3, mesmo com resultados negativos das ações da Petrobras, que caiu 1,01% nas ordinárias e 0,73% nas preferenciais. O volume financeiro registrado foi de R$ 19,6 bilhões. Até o momento, o Ibovespa acumula uma perda de 0,48% na semana e no mês, depois de um ganho de 4,86% em janeiro.

Além do Santander, outras ações que se destacaram na sessão foram Embraer, com uma alta de 15,51%, Auren Energia, que subiu 2,96%, e SLC Agrícola, com um crescimento de 2,72%. Em contraste, Azul teve uma queda de 8,87%, e a Raízen, Vamos e CVC apresentaram perdas de 7,65%, 5,82% e 5,21%, respectivamente. Outras instituições financeiras de destaque foram Itaú, que subiu 1,52%, e Bradesco, com suas ações ordinárias subindo 1,46% e preferenciais 2,33%.

A política comercial adotada pelo presidente dos Estados Unidos tem gerado atenção global, mixando avanços e retrocessos e criando volatilidade nos ativos financeiros. Em seu segundo mandato, Trump é frequentemente visto como um negociador que utiliza estratégias típicas do ambiente empresarial, como aumentar expectativas antes de iniciar negociações.

Na recente rodada de declarações, Trump fez comentários sobre a Faixa de Gaza, tratando-a como uma propriedade que poderia ser unilateralmente controlada pelos Estados Unidos para iniciar um processo de reconstrução, o que incluiria o deslocamento da população palestina para países vizinhos como Egito e Jordânia. Essa visão contrasta com a posição defendida por muitos no mundo árabe, que sustenta a solução de dois estados.

Analistas destacam que, embora Trump frequente faça propostas que parecem contraditórias e depois realize correções, sua abordagem gera incertezas que afetam os preços em mercados financeiros, como câmbio e ações. A repetição dessa estratégia tem levado a um crescente ceticismo no mercado, evidenciado por uma queda de cerca de 2% nos preços do petróleo durante a sessão, apesar da possibilidade de escalada de tensões no Oriente Médio.

Os movimentos do petróleo nesta sessão foram mais influenciados por fundamentos do que por anúncios políticos, com dados oficiais indicando um aumento nos estoques da commodity nos Estados Unidos de 8,66 milhões de barris na semana anterior, superando as expectativas do mercado para esse período.

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