quinta-feira, fevereiro 6, 2025
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ASTEROIDE BENNU PODE IMPACTAR A TERRA EM 157 ANOS; DESCUBRA DETALHES!

Os aerossóis climáticos ativos, como poeira, fuligem e enxofre, têm potencial para causar um resfriamento prolongado de vários anos após um impacto astronômico. Em comparação com esse resfriamento causado por aerossóis, os gases de efeito estufa, como as emissões de dióxido de carbono (CO₂), podem levar a um aquecimento a longo prazo. No cenário mais severo, a suspensão de 400 milhões de toneladas de poeira na atmosfera poderia desencadear um fenômeno denominado “inverno de impacto” global, caracterizado por temperaturas frias, menor incidência de luz solar e redução das precipitações.

As partículas de poeira suspensas no ar absorveriam e dispersariam a luz solar, impedindo sua chegada à superfície terrestre. Essa diminuição na luz solar provocaria uma queda rápida das temperaturas globais, que poderiam chegar a 4°C abaixo da média. Adicionalmente, a diminuição das temperaturas resultaria em uma redução da evaporação, diminuindo as chuvas globais em até 15% segundo as estimativas. A camada de ozônio poderia também sofrer um declínio de até 32%. O estudo indica que os impactos poderiam ser ainda mais severos em algumas regiões, dependendo da localização do impacto.

As investigações sugerem que partículas de poeira com um tempo de permanência na atmosfera de até dois anos poderiam causar um “inverno de impacto” global, durando mais de quatro anos após a colisão. Esse resfriamento abrupto criaria condições climáticas adversas ao crescimento das plantas, resultando em uma diminuição inicial de 20% a 30% na fotossíntese dos ecossistemas terrestres e marinhos, o que poderia geraria sérios desafios para a segurança alimentar global.

Embora o ser humano moderno nunca tenha vivenciado um impacto de asteroide, os efeitos ambientais são comparados a outras catástrofes que obstruem a luz solar, como grandes erupções vulcânicas. A magnitude do resfriamento global estimada no estudo é similar ao que ocorreu após a supererupção do Monte Toba, ocorrida há cerca de 74.000 anos e que provavelmente teve um impacto significativo no clima global.

Os resultados da pesquisa confirmam os efeitos observados de impactos anteriores na história da Terra. Segundo especialistas, muitos desses eventos passados foram muito mais intensos e com consequências ainda mais longas. O estudo destaca que impactos relativamente “pequenos” ainda são capazes de liberar poeira suficiente para limitar severamente a fotossíntese, gerando problemas sérios na cadeia alimentar. Estima-se que eventos semelhantes já tenham ocorrido anteriormente na história da Terra, com impactos ainda mais extremos na produtividade primária.

Um achado incomum do estudo foi o comportamento do plâncton marinho, que se revelou mais resiliente do que esperado. Apesar da expectativa de uma diminuição acentuada e de uma recuperação lenta, os dados indicam que o plâncton oceânico poderá se recuperar totalmente em apenas seis meses e até mesmo alcançar números recordes posteriormente, em condições climáticas normais. Essa resposta foi ligada à presença de ferro na poeira atmosférica.

O ferro é um nutriente essencial para as algas, particularmente em regiões como o Oceano Antártico e o Pacífico tropical oriental, onde sua disponibilidade é limitada. Caso o material do asteroide Bennu, por exemplo, contenha altos níveis de ferro e esse nutriente seja disperso nos oceanos após o impacto, isso poderia resultar em um florescimento sem precedentes de algas, especialmente diatomáceas, por até três anos.

Os florescimentos de algas originados pelo impacto também teriam a capacidade de atrair zooplânctons, que se alimentam das diatomáceas. Esse aumento no fitoplâncton e no zooplâncton poderia ser benéfico para a biosfera, ajudando a mitigar a insegurança alimentar resultante da redução da produtividade terrestre, embora a predominância de diatomáceas possa comprometer a diversidade dos ecossistemas, especialmente nas áreas onde o ferro é escasso.

A resposta positiva de algumas formas de vida, particularmente organismos unicelulares simples, já foi identificada em eventos passados na história da Terra. Os pesquisadores estão agora seguindo com modelos que simulam as reações de humanos primitivos a impactos de asteroides, explorando seus ciclos de vida e estratégias de busca por alimento durante tais catástrofes.

É crucial reconhecer que impactos na Terra são inevitáveis, com a incerteza recaindo sobre o momento e a magnitude desses eventos. Embora o impacto responsável pela extinção dos dinossauros seja amplamente conhecido, impactos menores são muito mais prováveis, tornando essencial o estudo de seus efeitos.

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