Acessibilidade
No contexto atual, sem informações ou dados econômicos que afetassem significativamente o mercado, os investidores analisaram os desenvolvimentos recentes, incluindo a queda da moeda americana e as políticas tarifárias dos Estados Unidos. O dólar encerrou o dia em R$5,7649, representando uma desvalorização de 0,49%. Desde o início de 2025, a moeda americana acumula uma queda de 6,7% em relação ao real, o menor valor desde 18 de novembro de 2024.
O mercado interno voltou a reavaliar os ativos brasileiros, considerando que os preços observados no final do ano anterior, diante das preocupações com a situação fiscal do Brasil, estavam excessivamente altos, resultando em uma correção. As ações da Vale e do Itaú apresentaram alta, contribuindo para que o Ibovespa fechasse em 126.224,74 pontos, um incremento de 0,55%.
A valorização das ações da mineradora se alinha à alta nos preços do minério de ferro na China, enquanto o desempenho do Itaú foi impulsionado pelos resultados financeiros robustos no último trimestre, com lucro líquido previsto de R$ 41,4 bilhões para 2024. O CEO da instituição, Milton Maluhy Filho, afirmou que o Itaú “está preparado para enfrentar qualquer cenário adverso”.
O gestor de renda variável Tiago Cunha, da Ace Capital, observou que a bolsa teve um dia favorável influenciado pelos primeiros balanços corporativos do encerramento de 2024. Segundo ele, as demonstrações financeiras do banco correspondiam às expectativas, gerando uma perspectiva otimista para o ano.
No cenário internacional, os mercados continuam ajustando suas avaliações sobre a administração do presidente dos EUA, Donald Trump. As constantes ameaças tarifárias são vistas por alguns como uma estratégia de negociação política, em vez de uma abordagem econômica consistente.
O dia começou agitado, com o dólar atingindo sua máxima de R$5,8239 (+0,52%) às 9h14, em consonância com o fortalecimento de outras moedas emergentes, após comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que geraram preocupação em alguns investidores. Durante uma entrevista a rádios locais, Lula afirmou que a inflação está “totalmente controlada” e que novas medidas de crédito serão apresentadas em breve, o que pode indicar um foco maior do governo em estimular a economia, em detrimento das preocupações com a dívida pública e a inflação elevada.
Entre os destaques do mercado, as ações da VALE ON subiram 1,51%, acompanhando a alta dos futuros do minério de ferro na China, que fecharam em 817,5 iuanes (aproximadamente US$ 112,22 ou R$ 703,77) a tonelada. As ações do ITAÚ UNIBANCO PN apresentaram um aumento de 0,18% após relatórios trimestrais positivos e a anúncio de R$ 18 bilhões em remuneração adicional aos acionistas, embora as projeções para o ano sejam consideradas conservadoras.
O BRADESCO PN teve alta de 1,38%, aguardando ansiosamente seu balanço a ser divulgado na sexta-feira, enquanto o SANTANDER BRASIL UNIT teve uma leve queda de 0,3% após um desempenho robusto anterior. O BANCO DO BRASIL ON, que está programado para divulgar resultados em 19 de janeiro, subiu 1,15%.
As ações da EMBRAER ON caíram 2,82%, refletindo realização de lucros, mesmo após uma avaliação favorável da carteira de pedidos da fabricante, que atingiu um recorde histórico de US$ 26,3 bilhões. Os papéis haviam disparado 15,5% na sessão anterior, em resposta à maior encomenda de jatos executivos da empresa.
As ações da BRASKEM PNA recuaram 1,04% após a divulgação de uma prévia operacional que apresentou resultados fracos, enquanto a PETROBRAS PN teve uma leve desvalorização de 0,19%, reflexo da baixa dos preços do petróleo no mercado internacional. Em contraste, as ações da RAÍZEN PN subiram 8,28%, após renovarem mínima histórica, enquanto o MAGAZINE LUIZA ON teve um aumento de 7,41% durante um dia de ajustes.
Por fim, a AZUL PN valorizou-se em 3,42% após uma queda significativa na sessão anterior, enquanto a GOL PN, que não é parte do Ibovespa, subiu 9,29%.