Apesar do avanço significativo dos inquéritos conduzidos pela Polícia Federal, que atualmente somam mais de vinte no Supremo Tribunal Federal (STF), a análise das emendas parlamentares pode ter um prazo limitado. Após as eleições de Davi Alcolumbre e Hugo Motta, a liderança do Congresso parece ter ganhado novo impulso e está propondo um acordo que está sendo avaliado pelos ministros do STF.
A proposta apresentada aos ministros sugere a adoção de critérios de transparência nas emendas e uma “limpeza” em relação ao passado. Segundo essa iniciativa, as ações anteriores seriam esquecidas e a fiscalização em relação às emendas seria intensificada a partir desse ponto. Esta anistia é considerada questionável por muitos analistas. Um parlamentar do centrão afirmou que tanto o governo quanto a oposição estariam inclinados a apoiar o encerramento das investigações, já que diversas forças políticas no Parlamento já se beneficiaram significativamente dos repasses por meio do orçamento secreto. Essa situação é vista como vantajosa para todos os envolvidos.
Entretanto, apesar das discussões sobre um possível acordo, alguns ministros do STF manifestaram a intenção de prosseguir com as investigações relacionadas a emendas de deputados e senadores. Além disso, essas investigações deverão ser realizadas de forma transparente e sem sigilo, conforme destacado por um dos ministros que enfatizou que a transparência deve ser a norma nesses casos.