A economia dos Estados Unidos registrou a criação de 143.000 empregos em janeiro de 2025, um número que ficou aquém das expectativas. A taxa de desemprego, no entanto, caiu para 4%, conforme dados divulgados pelo Bureau of Labor Statistics em 7 de janeiro. Economistas previam que a taxa de desemprego permaneceria em 4,1% e a adição de empregos seria de 170.000, conforme as estimativas da FactSet. Apesar das condições climáticas adversas, como frio intenso e incêndios florestais na Califórnia, não houve impacto significativo nos dados de folha de pagamento, salários, horas trabalhadas ou na taxa de desemprego do último mês, de acordo com as autoridades do BLS.
O relatório recente também revelou informações adicionais sobre as tendências do mercado de trabalho, trazendo à tona que o crescimento do emprego no ano anterior foi inferior ao anteriormente estimado. A revisão de referência, um procedimento anual que ajusta as estimativas, indicou uma diminuição de 589.000 empregos adicionados à economia em 2024. Assim, ao considerar as correções, o número de empregos criados no ano passado ficou um pouco abaixo de 2 milhões, o que resultou em uma média de aproximadamente 166.000 postos de trabalho por mês, um ritmo semelhante ao observado em 2019.
Após os impactos da pandemia, o mercado de trabalho sofreu uma desaceleração, mas não chegou a colapsar. O crescimento foi suficiente para sustentar o consumo e direcionar a economia em direção a um “pouso suave”, onde o controle da inflação é alcançado sem provocar uma recessão. Contudo, preocupações emergiram nos últimos meses, pois a criação de novos empregos diminuiu não devido a um aumento nas demissões, mas sim em decorrência de uma queda acentuada na atividade de contratações. Economistas alertam que, diante de uma possível mudança brusca na economia, há uma margem limitada para que as empresas possam se adaptar, considerando que já estão “contratando como se estivessem em recessão”.