sexta-feira, fevereiro 7, 2025
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Shein Anuncia Nova Redução de Preço em Oferta Pública Inicial (IPO)

A Shein, uma varejista de moda chinesa, tem enfrentado controvérsias ao longo de sua trajetória. A empresa conquistou destaque global ao adotar uma estratégia de preços inferiores aos de seus concorrentes. Recentemente, a loja de moda anunciou uma nova redução em sua avaliação, que agora busca atingir US$ 50 bilhões em seu plano de abertura de capital na bolsa de valores de Londres, programada para o primeiro semestre de 2024. Essas informações foram obtidas por meio de fontes da agência Reuters.

Para contextualizar essa diminuição nas expectativas de mercado, em maio de 2023, durante sua última captação de recursos, a Shein foi avaliada em US$ 66 bilhões. Anteriormente, em abril de 2022, a varejista havia alcançado uma avaliação de US$ 100 bilhões. Um fator que contribuiu para essa reavaliação foi a recente decisão do governo dos Estados Unidos, que anunciou o término da isenção de impostos “de minimis”, que permitia a isenção de tributação para itens importados que não ultrapassassem o valor de US$ 800.

Embora diferentes países, como o Brasil, tenham suas próprias regras de isenção, a mudança na política fiscal dos EUA pode afetar significativamente a capacidade da Shein de manter seus preços baixos. O aumento nos custos de produção para atender à nova regulamentação pode impactar a lucratividade da empresa, especialmente em seu maior mercado. Um relatório do Congresso dos EUA, de 2023, indicou que a Shein e sua concorrente Temu representaram mais de 30% dos pacotes diários que se enquadravam nessa regra de isenção.

A reavaliação financeira da Shein representa um estágio em um processo mais amplo. A companhia apresentou um pedido confidencial para sua abertura de capital à Financial Conduct Authority (FCA) do Reino Unido no início de junho de 2024. Contudo, até o presente momento, a FCA ainda não aprovou esse pedido. A escolha da bolsa de Londres como destino para sua oferta pública inicial se deu após enfrentamentos com as agências reguladoras dos Estados Unidos.

Além dos dilemas relacionados às tensões entre os EUA e a China, a Shein também lida com uma série de denúncias referentes a práticas trabalhistas irregulares, incluindo alegações sobre condições de trabalho forçado. As preocupações sobre a reputação da empresa geraram questionamentos de investidores institucionais no Reino Unido, que temem os impactos negativos associados à listagem da Shein na London Stock Exchange.

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