A partir deste ano, foi implementada a proibição do uso de celulares nas escolas, afetando principalmente os alunos e também os educadores que interagem com eles. Educadores afirmam que um dos principais desafios é encontrar um equilíbrio que permita a utilização da tecnologia como uma ferramenta de ensino, sem prejudicar a concentração e a interação dos alunos.
De acordo com a Lei nº 15.100/25, estudantes de instituições públicas e privadas estão proibidos de utilizar aparelhos eletrônicos dentro do ambiente escolar, incluindo os intervalos. No entanto, a legislação contempla algumas exceções, permitindo que os alunos utilizem seus dispositivos em atividades pedagógicas, sempre sob a supervisão dos professores.
No que diz respeito à adaptação à nova norma, o diretor de uma escola municipal de São Paulo comentou que o processo tem sido tranquilo, observando um aumento na interação entre os alunos e uma maior disposição para o diálogo. A intenção, segundo ele, é que essa medida não seja encarada apenas como uma proibição, mas sim como um passo em direção ao bem-estar e ao desenvolvimento dos estudantes.
Um coordenador pedagógico de uma escola no Rio de Janeiro ressaltou a importância da comunicação eficaz entre todos os membros da comunidade escolar para a implementação da lei. A escola já adotava, desde o ano anterior, medidas para que os alunos deixassem os smartphones em caixas durante avaliações ou atividades específicas. A nova legislação exige, entretanto, que sejam estabelecidos protocolos mais concretos para o uso da tecnologia, priorizando os recursos disponíveis na escola.
O Ministério da Educação (MEC) realizou um evento virtual para discutir a utilização de celulares nas instituições de ensino e anunciará regulamentações em breve, visando esclarecer diretrizes para a restrição do uso de celulares. Além disso, um decreto presidencial será publicado para abordar pontos específicos da lei que necessitam de maior clareza.
Ao longo do próximo mês, uma nova diretriz do Conselho Nacional de Educação (CNE) será emitida, que abordará práticas operacionais sobre a educação digital e como as escolas podem aplicar essas regras na prática. Também está planejado o lançamento de um material voltado para os alunos, com a intenção de esclarecer o uso saudável da tecnologia no contexto educacional.