O preço médio da gasolina no Brasil aumentou em R$ 0,15 por litro, alcançando R$ 6,35, o maior valor desde o início do governo Lula. Esse aumento deve ter repercussões na inflação. A alta ocorreu na primeira semana após o aumento da alíquota do ICMS sobre a gasolina e o diesel, considerando que o reajuste imposto levou o valor de R$ 1,3721 para R$ 1,4700 por litro. O aumento foi maior do que o previsto, que estava estimado em R$ 0,10 por litro. Este ajustamento interrompeu uma sequência de duas semanas de queda nos preços da gasolina.
Os preços da gasolina no Brasil mostram uma variação significativa de acordo com a localização. O preço mais alto foi identificado em Barueri, São Paulo, alcançando R$ 8,49 por litro, enquanto o menor valor, de R$ 5,26, foi observado em São Caetano do Sul, também no estado de São Paulo, que apresentou uma média de R$ 6,17 por litro. No Acre, o preço da gasolina atingiu R$ 7,49, representando o maior valor entre os estados.
O diesel igualmente registrou um aumento expressivo, com o preço médio do litro subindo de R$ 6,10 para R$ 6,38, um crescimento de 4,59%. O ICMS do diesel foi reajustado em R$ 0,06, passando de R$ 1,0635 para R$ 1,1200 por litro. Além disso, a Petrobras anunciou um aumento de 6% no preço do diesel para as distribuidoras, que agora é de R$ 3,72 por litro.
Embora a elevação da tributação tenha contribuído para o aumento dos combustíveis, outros fatores também desempenharam um papel importante. No caso da gasolina, os preços cadastrados nos postos superaram as expectativas, influenciados pela alta nos preços do etanol anidro, que é responsável por 27% da mistura comercializada. Nos últimos dois meses, as usinas aumentaram o custo do etanol em mais de R$ 0,30 por litro, de acordo com informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP.
A alta nos preços dos combustíveis tende a impactar a inflação, já que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que já estava sob pressão devido ao aumento nos preços dos alimentos, deverá ser afetado em fevereiro. Isso ocorrerá, especialmente, com os custos relacionados ao material escolar e a recomposição da tarifa de energia elétrica, que havia recebido descontos em janeiro devido aos baixos custos de Itaipu.