Os restos mortais identificados pertencem a Maria de Lurdes da Costa Bueno, uma corretora de imóveis que estava na região a turismo. Recentemente, a Polícia Civil de Minas Gerais divulgou a identificação de mais uma vítima da tragédia de Brumadinho, ocorrida em janeiro de 2019. Com essa confirmação, o total de mortes identificadas soma 268, enquanto os desaparecidos, Tiago Tadeu Mendes da Silva e Nathália de Oliveira Porto Araújo, ainda não foram localizados. As operações de busca continuam sob a responsabilidade do Corpo de Bombeiros, que se comprometeu a localizar todos os desaparecidos. A tragédia resultou na morte de 270 pessoas, a maioria vinculada à mineradora Vale ou a empresas terceirizadas. Segundo a associação Avabrum, que representa os familiares das vítimas, 272 vidas foram perdidas, incluindo gestantes.
Maria de Lurdes, que contava com 59 anos, estava acompanhada de sua família durante o desastre. Em homenagem a Camila e Luiz, amigos e familiares fundaram o Instituto Camila e Luiz Taliberti (ICLT), uma organização voltada para a defesa dos direitos humanos e a preservação da memória das vítimas, atuando em parceria com a Avabrum. O colapso da barragem não somente resultou em perdas humanas, mas também em profunda destruição de comunidades e danos significativos ao meio ambiente na bacia do Rio Paraopeba. Até o presente momento, não foram realizadas prisões relacionadas ao desastre, e o processo criminal, que envolve 16 denunciados, foi federalizado. O ex-presidente da Vale, Fábio Schvartsman, obteve um habeas corpus e deixou de ser considerado réu. Recentemente, a Avabrum promoveu um ato em homenagem às vítimas e inaugurou o Memorial Brumadinho, um local dedicado à memória e à conexão com aqueles que perderam suas vidas na tragédia.