sábado, fevereiro 8, 2025
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Fungo Inédito Controla Aranhas como Zumbis: Descubra a Fascinante Revelação!

Pesquisadores britânicos descobriram uma nova espécie de fungo, chamada Gibellula attenboroughii, que altera o comportamento de aranhas em maneiras que levam ao seu comprometimento e eventual morte. Este fungo foi identificado em um antigo depósito de pólvora da Segunda Guerra Mundial, localizado na Irlanda do Norte, onde parasita aranhas das espécies Metellina merianae e Meta menardi. O mecanismo pelo qual o fungo atua surpreendeu a comunidade científica, devido a suas semelhanças com os fungos que transformam formigas em “zumbis”, bem como com o comportamento das criaturas infectadas representadas na obra “The Last of Us”, onde fungos controlam hospedeiros humanos.

Os fungos parasitas que visam o comportamento de insetos não são uma nova descoberta, embora este seja o primeiro registro de um fenômeno similar em aranhas na Europa. O G. attenboroughii desenvolve uma estrutura esbranquiçada ao redor do corpo da aranha, que continua a crescer até consumir completamente o hospedeiro. Aranhas infectadas tendem a se posicionar em locais mais expostos, como áreas abertas e ensolaradas, o que é incomum para essas espécies que normalmente se refugiam em ambientes escuros e ocultos. Esse comportamento endossa a dispersão dos esporos do fungo.

Pesquisadores levantam a hipótese de que a manipulação do comportamento das aranhas pode estar conectada à liberação de dopamina, um neurotransmissor relacionado à sensação de prazer e motivação. Esse efeito já foi documentado em fungos do gênero Ophiocordyceps, que têm a capacidade de afetar formigas na Mata Atlântica. Acredita-se que o fungo induza um estado de euforia temporária nas aranhas, levando-as a adotar comportamentos que podem ser considerados autodestrutivos.

Os esporos do G. attenboroughii mostram variações dependendo das condições ambientais encontradas. No depósito de pólvora, onde a circulação de ar era limitada, os esporos se apresentavam incolores e dispostos em colunas. Por outro lado, nas cavernas abertas, onde há maior fluxo de ar, a estrutura fúngica se mostrava menos compacta.

Embora o efeito do G. attenboroughii pareça surpreendente, os cientistas ainda não têm certeza se o fungo é fatal para todas as aranhas que infecta ou se algumas podem sobreviver após o parasitismo. Até o momento, não foi identificado qualquer indicativo de que essa nova espécie represente uma ameaça para a biodiversidade local, mas a pesquisa continua em andamento para determinar seu impacto ecológico.

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