Daniel Noboa é o candidato que lidera as pesquisas nas eleições presidenciais e legislativas do Equador, programadas para este domingo (9). Ele busca reeleição em meio a um contexto desafiador, enfrentando a concorrência de Luisa González, que representa um partido de esquerda. O país enfrenta uma grave crise de violência, com a taxa de homicídios quintuplicando em apenas três anos, além de uma crise energética que resulta em apagões frequentes.
Conforme dados da Câmara de Comércio de Quito, a economia equatoriana sofreu perdas significativas de US$ 18 milhões devido aos apagões entre setembro e outubro, o que resultou na remoção de mais de 263 mil empregos. Noboa, que é descendente de uma das famílias mais ricas do país, adotou uma estratégia de governo de centro-direita e implementou medidas rigorosas para combater a criminalidade. Apesar de uma redução de 16% nos homicídios ao longo de 2023, janeiro de 2024 registrou os níveis mais elevados de violência desde 2014.
A geografia do Equador o posicionou como um ponto estratégico no tráfico de cocaína, atuando como uma rota de envio entre a Colômbia e o Peru em direção à Europa e América Central. Consequentemente, muitos equatorianos têm buscado refúgio nos Estados Unidos, em busca de segurança e melhores condições de vida. As eleições presidenciais ocorrem em um ambiente de instabilidade política e social, com o país realizando três pleitos em um intervalo de quatro anos.
A situação política no Equador é multifacetada e reflete a insatisfação popular em relação à segurança e à economia. Este pleito representa a terceira eleição nos últimos quatro anos, sendo a primeira realizada em fevereiro e abril de 2021, quando Guillermo Lasso foi eleito. A segunda ocorreu em agosto e outubro de 2023, com Daniel Noboa emergindo como vencedor. Agora, nesta mais recente corrida eleitoral, Noboa e Luisa González se destacam como os principais candidatos.
