O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou no dia 9 que está disposto a participar de negociações com a Rússia para discutir um possível acordo que ponha fim ao conflito no país. Ele esclareceu que aceitaria qualquer formato de diálogo, desde que haja a garantia de que os Estados Unidos e a Europa continuarão a apoiar a Ucrânia após a guerra.
Zelensky enfatizou que a proposta do ex-presidente americano, Donald Trump, para um rápido acordo na Ucrânia deve não apenas interromper as hostilidades, mas também assegurar que não haja novas agressões russas. Em entrevista transmitida no mesmo dia, ele expressou o desejo de evitar a repetição de experiências passadas de acordos de paz que falharam antes da invasão russa em 2022, destacando a importância de implementar garantias de segurança.
Ele alertou que simplesmente congelar o conflito resultaria em recorrentes agressões. Para Zelensky, essa situação traria uma derrota total, sem vencedores, tanto para a Ucrânia quanto para qualquer mediador como Trump.
Trump, por sua vez, manifestou que estaria em contato com o presidente russo, Vladimir Putin, e que havia indícios de progresso nas negociações para pôr fim à guerra. Caso confirmada, esta marca seria a primeira interação oficial entre os dois presidentes desde o início de 2022. Ao ser questionado sobre esse contato enquanto estava a bordo do Air Force One, Trump não confirmou as conversas, mas expressou seu desejo de discutir mais sobre o tema para trazer a guerra a um fim.
Keith Kellogg, enviado especial dos Estados Unidos para a Ucrânia e a Rússia, informou a aliados em reuniões recentes que estava elaborando opções para resolver o conflito. Ele mencionou a intenção de se reunir e coordenar com representantes de todos os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), apesar da postura crítica de Trump em relação à aliança militar.
A expectativa é de que Zelensky participe da Conferência de Segurança de Munique (MSC) entre os dias 14 e 16, onde a questão da guerra com a Rússia será um dos principais tópicos abordados. O presidente da MSC, Christoph Heusgen, indicou em coletiva de imprensa em Berlim que as negociações provavelmente ocorrerão de forma discreta durante o evento.
