11 fevereiro 2025
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Desembargadores e Juízes do Maranhão Sob Investigação por Corrupção e Lavagem de Dinheiro

No dia 6 de fevereiro, indiciamentos foram apresentados pela Polícia Federal contra três desembargadores e dois juízes do Tribunal de Justiça do Maranhão. As acusações incluem corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Essa operação é parte da investigação denominada Operação 18 Minutos, a qual revelou a manipulação de processos judiciais com o objetivo de obter vantagens financeiras, sendo que algumas fraudes resultaram no desvio de recursos do Banco do Nordeste. O relatório final da investigação foi enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que possui a jurisdição para julgar os desembargadores.

Os magistrados sob investigação são Nelma Sarney, Guerreiro Júnior e Luiz Gonzaga, além dos juízes Alice Rocha e Cristiano Simas. Em resposta a estas alegações, o Tribunal de Justiça do Maranhão informou que seguiu as diretrizes do STJ para afastar os magistrados mencionados e reafirmou seu compromisso com a transparência e a ética na gestão pública. A instituição se comprometeu a garantir que as investigações sejam conduzidas de forma justa.

A Polícia Federal já havia realizado uma operação em novembro de 2024, que investigou a venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Durante essa operação, 23 mandados de busca e um mandado de prisão foram cumpridos, envolvendo advogados, lobistas, empresários e magistrados. Além disso, há investigações em andamento para apurar possíveis vazamentos de informações sigilosas.

Irregularidades também têm sido detectadas em tribunais de outros estados. Em Mato Grosso do Sul, a Operação Ultima Ratio resultou no afastamento de cinco desembargadores, com a realização de buscas em suas residências. Em Mato Grosso, a análise do celular de um advogado que foi assassinado levantou suspeitas sobre a venda de decisões judiciais, levando ao afastamento de dois desembargadores.

Em São Paulo, um desembargador foi afastado durante a Operação Churrascada, que investigou a comercialização de decisões judiciais. No Tocantins, o filho do ex-presidente do Tribunal de Justiça foi preso sob suspeita de envolvimento na venda de decisões. Por fim, na Bahia, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está investigando novas irregularidades, contemplando duas desembargadoras que se tornaram rés em processos judiciais.

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