11 fevereiro 2025
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IA Revela Segredos de Herculano em Pergaminho Antigo

O desejo de descobrir objetos escondidos e resolver enigmas complexos é uma força motriz no âmbito científico. Avanços significativos ocorrem, frequentemente, longe do glamour das telas de cinema, como exemplificado pelos filmes de aventura. Na realidade, muitas das descobertas que iluminam as camadas da história atual são feitas em laboratórios e por meio de tecnologias digitais. A inteligência artificial (IA) está sendo utilizada para inspecionar artefatos densamente compactados, como pergaminhos antigos e carbonizados que não podem ser desenrolados. Pesquisadores conseguiram decifrar algumas das primeiras palavras de um pergaminho de Herculano, que foi queimado e enterrado durante a erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C. A palavra inicial, escrita em grego antigo, foi traduzida como “desgosto”, sendo encontrada em duas seções do texto. Este pergaminho representa o quinto artefato de Herculano a ser virtualmente desenrolado com a ajuda de IA, no contexto do Vesuvius Challenge, uma competição que incentiva estudos aprofundados sobre a rica história da Roma e da Grécia antigas.

Em outro aspecto, um estudo introduziu a possibilidade de consequências sérias caso o asteroide Bennu colida com a Terra, um evento com probabilidade de 1 em 2.700 de ocorrer em aproximadamente 157 anos. As implicações desse impacto seriam severas, instaurando um inverno global que culminaria na redução da luz solar, queda das temperaturas e diminuição das precipitações por anos, resultando em insegurança alimentar. Além disso, foi identificado um asteroide chamado 2024 YR4, que apresenta 2,2% de chance de colidir com o planeta em 2032. É importante destacar, no entanto, que os astrônomos asseguram que a probabilidade de impacto de qualquer um desses asteroides é considerada baixa. Adicionalmente, um carro esportivo que pertence a Elon Musk, lançado ao espaço em 2018, foi confundido com um asteroide, o que sublinha os desafios enfrentados na vigilância de objetos próximos à Terra.

Arqueólogos também descobriram a localização da casa do último rei anglo-saxão da Inglaterra, mencionado na famosa Tapeçaria de Bayeux. Essa descoberta oferece um vislumbre de um período quase milenar, que foi crucial na formação da história britânica. A tapeçaria, que se estende por centenas de metros, documenta a conquista normanda, detalhando a batalha entre William, Duque da Normandia, e Harold Godwinson, ou Harold II, na Batalha de Hastings em 1066. A equipe de pesquisa utilizou radar de penetração no solo para localizar o palácio “perdido” de Harold II, mencionado duas vezes na intricada obra de arte, sob uma estrutura maior em Bosham, na Inglaterra.

No campo da astronomia, a parte distante da Lua, sempre oposta à visão da Terra, apresenta características intrigantes, incluindo uma vasta cratera próxima ao polo sul lunar, com sulcos profundos. Pesquisadores sugerem que um cometa ou asteroide impactou a Lua há 3,8 bilhões de anos, criando uma enorme bacia de impacto e moldando dois vales de grande escala em questão de minutos. Para acesso a esses recursos lunares, a China planeja enviar um robô para investigar a presença de água no lado distante da Lua no próximo ano, como parte da missão Chang’e-7, alinhando-se com planos de futuras missões tripuladas à superfície lunar nos próximos cinco anos.

A conservação de espécies ameaçadas de extinção, como o sapo de Darwin, também alcançou um marco significativo. Recentemente, 11 sapos machos conseguiram criar 33 filhotes no Zoológico de Londres. Nesta espécie, os machos cuidam dos girinos em seus sacos vocais para protegê-los enquanto se desenvolvem. Por fim, esses sapos foram transportados para longe de seu habitat no Chile para preservar a espécie de um fungo letal que atinge anfíbios globalmente. Em uma nota relacionada à vida selvagem, cientistas expressaram surpresa com o nascimento inesperado de um filhote de tubarão-swell no Aquário Shreveport, na Louisiana, uma vez que não havia tubarões machos no tanque há longos períodos.

Entre outras descobertas, um exame de um crânio fossilizado de 68 milhões de anos, encontrado na Antártida, revelou a ave moderna mais antiga conhecida, com um bico sem dentes e tamanho semelhante ao de um pato-real. Além disso, um terço da população global, inclusive 80% dos norte-americanos, não consegue observar a Via Láctea devido à poluição luminosa resultante do desenvolvimento urbano, contribuindo assim para um movimento crescente em prol da recuperação dos céus escuros. Pesquisas indicam que alguns primatas têm a capacidade de reconhecer quando um parceiro humano carece de informações e tentam ajudar a comunicar essa ausência, refletindo uma aptidão relacionada à “teoria da mente”. Finalmente, cientistas estão desenvolvendo uma abordagem inovadora para entender a estrutura da turbulência, um fenômeno que ocorre em líquidos e gases em movimento, que poderá impactar o design de aeronaves de maneira significativa.

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