Nesta segunda-feira, 10 de outubro, o ministro da Defesa fez declarações sobre os eventos de 8 de janeiro, afirmando que não havia liderança ou indivíduos armados durante os atos em oposição aos Três Poderes. Ele afirmou que não testemunhou a presença de armas, sugerindo que os organizadores do evento não estavam presentes. Durante a entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, o ministro mencionou que a situação era complexa e parecia haver uma combinação entre os participantes.
O ministro também apontou que o período após o 8 de janeiro foi desafiador em sua gestão, descrevendo como se sentia isolado em meio à polarização política. Ele citou a insatisfação da direita com a falta de apoio militar e a acusação da esquerda de que os militares estavam por trás dos eventos. No entanto, ele enfatizou que, na realidade, a razão pela qual o golpe não ocorreu deve-se à lealdade das Forças Armadas.
Além disso, o ministro comentou sobre a proposta de lei que visa conceder anistia às pessoas investigadas por envolvimento nos atos de 8 de janeiro. Ele observou que a responsabilidade de decidir sobre isso cabe ao Congresso Nacional e que a mensuração das penas deve levar em conta a gravidade das ações individuais. Múcio ressaltou que é fundamental comprovar quem realmente financiou e organizou os atos de vandalismo, diferenciando essas pessoas de indivíduos que cometeram delitos menores.
Em conclusão, o ministro expressou seu desejo de que as investigações sejam finalizadas, pois isso permitiria uma compreensão mais clara dos eventos. Ele indicou que, se não houver evidências de um golpe, é possível que os incidentes tenham sido resultado de ações inadequadas de alguns indivíduos, possivelmente incentivados por empresários irresponsáveis que consideraram que suas ações eram uma forma legítima de protesto.