sexta-feira, janeiro 31, 2025
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Mercados europeus encerram em alta, impulsionados por expectativas de afrouxamento monetário

As bolsas europeias encerraram o dia com ganhos superiores a 1% nesta quarta-feira (15), em uma sessão marcada pela repercussão dos dados de inflação dos Estados Unidos e do Reino Unido. As medições mais amenas dos índices de preços ao consumidor (CPI, em inglês) trouxeram expectativas de um possível afrouxamento nas políticas monetárias. Este cenário na zona do euro foi também reforçado por comentários de representantes do Banco Central Europeu (BCE).

As contas do governo acumulam um déficit de R$ 66,8 bilhões até novembro de 2024, enquanto o Procon-SP emite um alerta sobre fraudes praticadas por fornecedores que estão cobrando taxas para transações via Pix. Além disso, a AIE reduziu suas previsões de demanda por petróleo, mas prevê um crescimento robusto para 2025.

Entre os destaques do dia, as empresas do setor de energia se beneficiaram da alta nos preços do petróleo nos mercados internacionais, e as instituições financeiras apresentaram resultados positivos após balanços encorajadores de bancos nos Estados Unidos. O índice Stoxx 600, que reúne ações de diversos países europeus, subiu 1,44%, alcançando 515,58 pontos. De acordo com o Commerzbank, a leitura do CPI de dezembro nos EUA revela um quadro de inflação mais favorável do que em novembro, o que pode proporcionar motivos para o Federal Reserve (Fed) considerar a possibilidade de reduzir as taxas de juros no futuro, embora de forma gradual. O banco observou que a elevação mensal de 0,4% foi impulsionada pelos preços em alta de energia.

Em Londres, o índice FTSE teve um aumento de 1,21%, atingindo 8.301,13 pontos, após a inflação do Reino Unido desacelerar para uma taxa anual de 2,5% em dezembro. Segundo a BBH, essa inflação, que é a mais baixa em 33 meses, poderá incentivar o Banco da Inglaterra (BoE) a promover um corte de 25 pontos base (pb) na próxima reunião, embora o mercado esteja projetando apenas mais um corte de 25 pb nos próximos 12 meses.

Na zona do euro, o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, afirmou que a abordagem da política monetária está mudando de um foco na inflação elevada para uma preocupação com o crescimento econômico fraco, o que sugere um caminho mais claro em direção a um maior afrouxamento das taxas de juros. François Villeroy de Galhau, representante da França, previu que as taxas poderiam ser reduzidas para um nível neutro até o verão. Em contraste, o economista-chefe do BCE, Philip Lane, expressou preocupação com a inflação nos serviços, que permanece em torno de 4%. Esses comentários diminuíram a atenção em relação ao recuo do PIB da Alemanha de 0,2% em 2024, que marca o segundo ano consecutivo de retração da maior economia da União Europeia. Por outro lado, houve um crescimento de 0,2% na produção industrial da zona do euro em novembro em comparação com outubro, conforme o esperado.

Na bolsa de Frankfurt, o DAX subiu 1,70%, alcançando 20.615,87 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançou 0,69%, atingindo 7.474,59 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve um incremento de 1,49%, chegando a 35.646,96 pontos. Em Madri, o Ibex35 registrou uma alta de 1,43%, alcançando os 11.920,60 pontos, enquanto o PSI 20 teve um aumento de 1,29%, atingindo 6.458,99 pontos em Lisboa. Entre as ações, a BP teve alta de 0,65% em Londres, no dia em que foram divulgadas notícias sobre a concordância da empresa e do governo iraquiano com a maioria dos termos comerciais necessários para revitalizar o campo de petróleo de Kirkuk. Espera-se que o acordo final seja firmado no início deste ano, com detalhes a serem ajustados nas etapas seguintes.

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