Uma análise realizada sobre o uso de passaportes diplomáticos no Congresso Nacional classificou a situação como preocupante, evidenciando que 300 dos 513 deputados e 50 dos 81 senadores solicitaram esse documento para seus dependentes, como cônjuges e filhos. O passaporte diplomático, regulamentado por decreto durante o primeiro governo Lula, permite acesso a filas prioritárias em aeroportos, menos rigor nas revistas de segurança e, em algumas situações, isenção de visto para países com os quais o Brasil possui acordos diplomáticos.
De acordo com a análise, o uso do passaporte deveria ser restrito a missões oficiais que representassem o país, em vez de ser utilizado para facilitar viagens pessoais de familiares de parlamentares que não exercem funções públicas. O diretor de operações da instituição responsável pela análise salientou que a finalidade original do passaporte, que era representar o Estado brasileiro em prol dos interesses nacionais, tem sido distorcida, convertendo-se em um recurso para viagens pessoais.