O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, formalizou um decreto na noite de terça-feira, 11, visando a implementação de um plano de demissões em larga escala nas agências federais. Este decreto prevê que as agências colaborem com Elon Musk, empresário e principal conselheiro, para identificar funcionários passíveis de demissão e áreas que podem ser completamente eliminadas, ao mesmo tempo que prevê novas contratações para posições essenciais.
A ordem exclui da possibilidade de corte os funcionários cujas funções sejam críticas para a segurança nacional e pública, além da aplicação da lei e imigração. Considerando que muitos servidores públicos são sindicalizados, as demissões significativas precisam respeitar os acordos firmados em negociações coletivas. Funcionários não sindicalizados também possuem proteções garantidas pela legislação federal.
Essa iniciativa de demissões em massa surge após tentativas do governo Trump de persuadir trabalhadores federais a aceitarem pacotes de indenização, uma tentativa que foi bloqueada judicialmente.
No Salão Oval, Elon Musk, acompanhado de seu filho de quatro anos, manifestou apoio a Trump antes da assinatura do decreto. Em declarações à imprensa, Musk enfatizou sua posição em liderar os esforços de cortes, que ele considera necessários para eliminar desperdícios no governo, conforme solicitado pelo presidente.
Com um boné que exibia o lema de campanha do partido republicano, Musk defendeu sua nova função como uma autoridade não eleita, recebendo poderes sem precedentes para estruturar a administração pública. Ele afirmou que a burocracia federal deve ser responsiva aos cidadãos, argumentando que a existência de um setor burocrático autônomo representa um “quarto ramo inconstitucional” do governo, com influência superior à de representantes eleitos. O empresário também alertou sobre a possibilidade de falência dos Estados Unidos sem as reformas proposta por ele.